Técnico diz que saída de Cícero motivou Santos a vencer Bahia

Mesmo com 11 desfalques, o Santos derrotou o Bahia por 2 a 0 ontem, em Feira de Santana, pelo Campeonato Brasileiro. Porém a ausência mais sentida pelo técnico Oswaldo de Oliveira é definitiva.
Artilheiro e capitão do time, o versátil Cícero, 29, se transferiu para o Fluminense na véspera. E, na avaliação do treinador, sua saída serviu para motivar o jovem time alvinegro no interior baiano.
"Fiquei triste com a saída do Cícero e essa questão de ele não querer continuar aqui de forma nenhuma. Insisti até o final porque o ser humano é assim, passa por momentos que muitas vezes são reversíveis. Achei que minha posição de reabilitar era importante. Como ele tinha um ponto de vista radical, o Santos respeitou a posição do jogador, embora legalmente ele devesse permanecer", disse Oswaldo.
"Insisti até o fim, mas acho que a posição do presidente foi muito boa, racional, e isso acabou refletindo no ânimo dos meninos que entraram e jogaram. Acabou sendo um fator de motivação para nossa equipe hoje", acrescentou.
Entre os titulares que enfrentaram o Bahia, apenas o goleiro Aranha, 33, possui mais de 28 anos. A média de idade dos dez jogadores de linha foi de 22,2 anos. A produção ofensiva ficou a cargo de garotos como Gabriel, 17, Jorge Eduardo, 19, e Diego Cardoso, 20.
"Sempre digo isso aos meninos, especificamente aos mais jovens. Eles precisam ter disciplina e obediência tática. Quando isso acontece, eles jogam muito bem. Hoje [quinta] foi dessa forma, a equipe jogou bem, determinada, com inteligência, procurando neutralizar pontos fortes do Bahia", afirmou o técnico.
"A entrada dos dois meninos do lado [do campo], Diego Cardoso e Jorge Eduardo, acabou fortalecendo a dinâmica, não só o sistema ofensivo ou defensivo", analisou Oswaldo, que vinha sendo pressionado.
Nas sete partidas anteriores, o Santos havia vencido apenas o vice-lanterna Figueirense, de Santa Catarina, em Londrina, três rodadas atrás.