Alimentação, habitação e serviços sobem acima da inflação em 12 meses
RIO DE JANEIRO – Se de março para abril a inflação perdeu fôlego, com alta de 0,67%, o mesmo não ocorreu no indicador acumulado em 12 meses, que só faz subir desde janeiro e encostou no teto da meta do governo.
Até abril, a taxa ficou em 6,28%, muito próxima dos 6,5% estabelecidos como o topo e no maior nível desde junho de 2013.
Muitos grupos de grande peso no consumo das famílias já sobem acima da inflação média em 12 meses encerrados em abril. É o caso de alimentos (7,38%), habitação (7,62%), artigos de residência (6,83%), saúde e cuidados pessoais (6,62%), despesas pessoais (8,67%) e educação (8,65%).
Esses três últimos agrupamentos estão entre os que concentram a maior parte dos serviços, que avançaram também acima da inflação, com taxa de 8,99% no período.
Apenas três grupos avançam em ritmo inferior à média: vestuário (4,75%), transportes (3,62%) e comunicação (0,59%).
Dentre esses, a principal "âncora" consiste nas despesas com transportes, que em abril também ajudaram a conter o IPCA graças à redução dos preços de passagens aéreas (queda de 1,87%) e aos reajustes menores de etanol (0,59%), gasolina (0,43%) e ônibus urbanos (0,24%).
O grupo transportes, que só tem peso menor do que alimentos no cômputo do IPCA, teve alta de 0,32% em abril.
ENERGIA – Outro foco de pressão veio da energia elétrica, cuja tarifa subiu, em média, 1,62% em abril e pressionou o grupo habitação (0,87%).
Em 12 meses, a alta da energia residencial é de 4,29%, segundo o IPCA.
O que mais preocupa, porém, é a evolução do custo da energia ao longo deste ano e como será feito o repasse da despesa extra com o uso intensivo das termelétricas por conta da seca.
Passada a fase mais crítica da estiagem, dizem analistas, o preço dos alimentos tendem a perder força nos próximos meses, o que já se vê com mais intensidade nos preços no atacado.
Ainda assim, os sinais são preocupantes. "Ainda que se espere arrefecimento substancial em alimentação, os números apontam para uma perspectiva ainda bastante desconfortável para a inflação, haja vista a aceleração da taxa em dose meses", diz a consultoria Rosenberg & Associados, em relatório.
O Itaú diz, também em relatório, esperar "que a inflação no Brasil permaneça sob pressão nos próximos trimestres, em meio a um mercado de trabalho apertado, elevando as expectativas de inflação" futura.
Uma pressão adicional, afirma o banco, "decorre da necessidade de ajustar os preços administrados para cima" – nesse caso, o principal destaque é a energia.
Até abril, a taxa ficou em 6,28%, muito próxima dos 6,5% estabelecidos como o topo e no maior nível desde junho de 2013.
Muitos grupos de grande peso no consumo das famílias já sobem acima da inflação média em 12 meses encerrados em abril. É o caso de alimentos (7,38%), habitação (7,62%), artigos de residência (6,83%), saúde e cuidados pessoais (6,62%), despesas pessoais (8,67%) e educação (8,65%).
Esses três últimos agrupamentos estão entre os que concentram a maior parte dos serviços, que avançaram também acima da inflação, com taxa de 8,99% no período.
Apenas três grupos avançam em ritmo inferior à média: vestuário (4,75%), transportes (3,62%) e comunicação (0,59%).
Dentre esses, a principal "âncora" consiste nas despesas com transportes, que em abril também ajudaram a conter o IPCA graças à redução dos preços de passagens aéreas (queda de 1,87%) e aos reajustes menores de etanol (0,59%), gasolina (0,43%) e ônibus urbanos (0,24%).
O grupo transportes, que só tem peso menor do que alimentos no cômputo do IPCA, teve alta de 0,32% em abril.
ENERGIA – Outro foco de pressão veio da energia elétrica, cuja tarifa subiu, em média, 1,62% em abril e pressionou o grupo habitação (0,87%).
Em 12 meses, a alta da energia residencial é de 4,29%, segundo o IPCA.
O que mais preocupa, porém, é a evolução do custo da energia ao longo deste ano e como será feito o repasse da despesa extra com o uso intensivo das termelétricas por conta da seca.
Passada a fase mais crítica da estiagem, dizem analistas, o preço dos alimentos tendem a perder força nos próximos meses, o que já se vê com mais intensidade nos preços no atacado.
Ainda assim, os sinais são preocupantes. "Ainda que se espere arrefecimento substancial em alimentação, os números apontam para uma perspectiva ainda bastante desconfortável para a inflação, haja vista a aceleração da taxa em dose meses", diz a consultoria Rosenberg & Associados, em relatório.
O Itaú diz, também em relatório, esperar "que a inflação no Brasil permaneça sob pressão nos próximos trimestres, em meio a um mercado de trabalho apertado, elevando as expectativas de inflação" futura.
Uma pressão adicional, afirma o banco, "decorre da necessidade de ajustar os preços administrados para cima" – nesse caso, o principal destaque é a energia.