Para Pelé, é “orgulho” Senna ter sido apontado como maior ídolo

O ex-jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, afirmou ontem que, para ele, "é um orgulho" que o tricampeão mundial de F-1 Ayrton Senna tenha sido apontado por pesquisa do Datafolha como o maior ídolo do esporte nacional.
Para 47% dos paulistanos, Senna, cuja morte completou 20 anos na quinta-feira (1º), é o maior ídolo esportivo do país, seguido pelo próprio Pelé, com 23%.
"É muito bom isso para nosso país. Para você ver que nós temos pessoas que engrandecem nosso pais em vários setores", disse.
De acordo com Pelé, que esteve em Ribeirão Preto (SP) para participar da feira Agrishow, é um orgulho saber "que mais um brasileiro pôs o nome do país tão alto".
"Isso é muito bom para ver que nosso país é um país grande e que não é só futebol", disse Pelé.
O ex-jogador de futebol afirmou ainda que não acredita na existência de uma "onda de racismo" no futebol e que episódios como o que envolveu o jogador Daniel Alves, do Barcelona, que teve uma banana atirada contra ele em campo, são isolados.
"Não concordo da maneira que você colocou, [que haja] uma onda de racismo, principalmente no futebol", disse a um jornalista. "Nós tivemos um caso. Se você vir o número de campeonatos que tem no mundo todo, então você vê que não é tanto assim".
Apesar de afirmar que há apenas casos isolados de racismo, Pelé disse que é um "momento de reflexão" para o esporte e que o racismo deve ser combatido "dando o exemplo".
"O racismo não é só no futebol. Está em todos os setores da sociedade há muito tempo. É isso que temos que entender", disse. "O que não podemos deixar é fazer do limão uma limonada".