Fiep acompanha com atenção desdobramentos do aumento de capital da Sanepar
CURITIBA – A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) vem acompanhando com atenção os desdobramentos do aumento do capital social da Sanepar, autorizado no fim do mês passado pela Assembleia Legislativa.
Nesta semana, informações de que as alterações aprovadas devem resultar em um lucro de R$ 350 milhões para o sócio privado da Sanepar fez com que o presidente da entidade, Edson Campagnolo, mostrasse preocupação sobre as consequências que a medida pode trazer para a administração da companhia, que presta um serviço essencial para a sociedade paranaense.
No último dia 3, a Sanepar emitiu um comunicado ao mercado em que informava que o acionista Domino Holdings S. A., principal sócio privado da companhia, solicitou a conversão de 57,8 milhões de ações ordinárias de sua propriedade no mesmo número de ações preferenciais.
Essa conversão é possível pelo fato de, com a nova abertura de capital prevista no projeto aprovado pela Assembleia, a Sanepar ingressar no Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA).
No início desta semana, o tema foi novamente discutido na Assembleia Legislativa. Segundo estimativas apresentadas por deputados, a previsão é que, com a conversão, o sócio privado ganhe 10% a mais sobre o direito a dividendos da Sanepar, o que de imediato daria um incremento de R$ 350 milhões sobre seus ativos. Isso sem que deixe de participar das decisões sobre o futuro da Sanepar, já que o ingresso no Nível 2 também faz com que a companhia tenha que conceder direito a voto, em várias situações, a detentores de ações preferenciais.
O presidente do Sistema Fiep questiona ainda se realmente haveria a necessidade de capitalização da Sanepar neste momento – pelo projeto, o capital social da companhia passará dos atuais R$ 2,6 bilhões para R$ 4 bilhões, através do lançamento de novas ações na BM&FBOVESPA.
Ele argumenta que o lucro da Sanepar distribuído a seus sócios privados vem crescendo ano a ano. Em 2013, a companhia teve lucro de R$ 403 milhões, 20% maior que o registrado em 2012, com o montante distribuído aos acionistas chegando a R$ 127 milhões – 4,4% a mais do que no ano anterior. “Será que a companhia precisa continuar com essa distribuição generosa de lucros entre seus acionistas?”, diz.
Além disso, apesar de o governo afirmar que não há riscos de o Estado perder o controle da companhia – alegando que as ações lançadas serão preferenciais (sem direito a voto) e não ordinárias (com direito a voto) – Campagnolo também mostra preocupação em relação ao futuro da Sanepar. “É preciso avaliar se todas essas mudanças não vão colocar em risco o controle da companhia pelo Estado”, declara o presidente do Sistema Fiep.
Nesta semana, informações de que as alterações aprovadas devem resultar em um lucro de R$ 350 milhões para o sócio privado da Sanepar fez com que o presidente da entidade, Edson Campagnolo, mostrasse preocupação sobre as consequências que a medida pode trazer para a administração da companhia, que presta um serviço essencial para a sociedade paranaense.
No último dia 3, a Sanepar emitiu um comunicado ao mercado em que informava que o acionista Domino Holdings S. A., principal sócio privado da companhia, solicitou a conversão de 57,8 milhões de ações ordinárias de sua propriedade no mesmo número de ações preferenciais.
Essa conversão é possível pelo fato de, com a nova abertura de capital prevista no projeto aprovado pela Assembleia, a Sanepar ingressar no Nível 2 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA).
No início desta semana, o tema foi novamente discutido na Assembleia Legislativa. Segundo estimativas apresentadas por deputados, a previsão é que, com a conversão, o sócio privado ganhe 10% a mais sobre o direito a dividendos da Sanepar, o que de imediato daria um incremento de R$ 350 milhões sobre seus ativos. Isso sem que deixe de participar das decisões sobre o futuro da Sanepar, já que o ingresso no Nível 2 também faz com que a companhia tenha que conceder direito a voto, em várias situações, a detentores de ações preferenciais.
O presidente do Sistema Fiep questiona ainda se realmente haveria a necessidade de capitalização da Sanepar neste momento – pelo projeto, o capital social da companhia passará dos atuais R$ 2,6 bilhões para R$ 4 bilhões, através do lançamento de novas ações na BM&FBOVESPA.
Ele argumenta que o lucro da Sanepar distribuído a seus sócios privados vem crescendo ano a ano. Em 2013, a companhia teve lucro de R$ 403 milhões, 20% maior que o registrado em 2012, com o montante distribuído aos acionistas chegando a R$ 127 milhões – 4,4% a mais do que no ano anterior. “Será que a companhia precisa continuar com essa distribuição generosa de lucros entre seus acionistas?”, diz.
Além disso, apesar de o governo afirmar que não há riscos de o Estado perder o controle da companhia – alegando que as ações lançadas serão preferenciais (sem direito a voto) e não ordinárias (com direito a voto) – Campagnolo também mostra preocupação em relação ao futuro da Sanepar. “É preciso avaliar se todas essas mudanças não vão colocar em risco o controle da companhia pelo Estado”, declara o presidente do Sistema Fiep.