Alimentos básicos responderam por um terço da inflação
RIO DE JANEIRO – Os alimentos básicos da cesta de consumo das famílias estão entre os itens que mais pesaram na alta da inflação de março.
Somadas, as altas de tomate, batata, leite, carnes, feijão, frutas e hortaliças representaram um terço da variação do IPCA em março, de 0,92%.
Apenas esses seis itens, juntos, corresponderam a 32,6% do índice. O maior impacto individual foi do tomate -0,08 ponto percentual, seguido da batata (0,07 ponto) e das carnes (0,06 ponto). Na esteira dos reajustes de itens básicos, a refeição fora de casa também subiu: 0,96% em março.
Clima
Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Índices de Preços do IBGE, esses produtos sobem na esteira do clima, com a estiagem prolongada afetando tanto as quantidades produzidas como a qualidade dos produtos muitos descartados em razão disso. Já as pastagens secas, diz, prejudicaram os rebanhos e puxaram para cima os preços da carne e do leite.
Também tiveram altas expressivas derivados de trigo, que sofre com a quebra de safra no Brasil e na Argentina, principal exportador do produto para os moinhos brasileiros. Com isso, aumentaram, em março, os preços de pão, macarrão, farinha de trigo.
Com a menor oferta de alimentos, diz Nunes dos Santos, os preços subiram. Ela ressalva, porém, que o choque dos preços dos alimentos, concentrado em fevereiro e março, ainda é menos intenso do que o registrado no início de 2013.
No primeiro trimestre deste ano, os alimentos subiram 3,35%, abaixo dos 4,65% de janeiro a março de 2013. Os alimentos, porém, avançam acima da inflação média dos três primeiros meses deste ano (2,18%).
Perspectivas – E o problema é que as perspectivas são de novos reajustes, com o aumento dos preços de produtos cotados no mercado externo que já pressionam itens vendidos no mercado atacadista.
"A perspectiva é bastante desconfortável neste mês e no próximo. A preocupação com a cotação das commodities no cenário internacional começa a aparecer [nos preços no atacado], esperando-se maior pressão sobre a inflação de alimentos nos meses à frente", diz a consultoria Rosenberg & Associados.
Somadas, as altas de tomate, batata, leite, carnes, feijão, frutas e hortaliças representaram um terço da variação do IPCA em março, de 0,92%.
Apenas esses seis itens, juntos, corresponderam a 32,6% do índice. O maior impacto individual foi do tomate -0,08 ponto percentual, seguido da batata (0,07 ponto) e das carnes (0,06 ponto). Na esteira dos reajustes de itens básicos, a refeição fora de casa também subiu: 0,96% em março.
Clima
Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Índices de Preços do IBGE, esses produtos sobem na esteira do clima, com a estiagem prolongada afetando tanto as quantidades produzidas como a qualidade dos produtos muitos descartados em razão disso. Já as pastagens secas, diz, prejudicaram os rebanhos e puxaram para cima os preços da carne e do leite.
Também tiveram altas expressivas derivados de trigo, que sofre com a quebra de safra no Brasil e na Argentina, principal exportador do produto para os moinhos brasileiros. Com isso, aumentaram, em março, os preços de pão, macarrão, farinha de trigo.
Com a menor oferta de alimentos, diz Nunes dos Santos, os preços subiram. Ela ressalva, porém, que o choque dos preços dos alimentos, concentrado em fevereiro e março, ainda é menos intenso do que o registrado no início de 2013.
No primeiro trimestre deste ano, os alimentos subiram 3,35%, abaixo dos 4,65% de janeiro a março de 2013. Os alimentos, porém, avançam acima da inflação média dos três primeiros meses deste ano (2,18%).
Perspectivas – E o problema é que as perspectivas são de novos reajustes, com o aumento dos preços de produtos cotados no mercado externo que já pressionam itens vendidos no mercado atacadista.
"A perspectiva é bastante desconfortável neste mês e no próximo. A preocupação com a cotação das commodities no cenário internacional começa a aparecer [nos preços no atacado], esperando-se maior pressão sobre a inflação de alimentos nos meses à frente", diz a consultoria Rosenberg & Associados.