Cristina Kirchner diz que onda de linchamentos é “algo da pré-história”
BUENOS AIRES, ARGENTINA – Em discurso sobre os 32 anos de aniversário da Guerra das Malvinas, ontem, Cristina Kirchner se referiu novamente de maneira indireta aos 12 casos de linchamentos a ladrões que aconteceram na Argentina nos últimos dias.
"A vingança é algo da pré-história, do Estado de não-Direito", afirmou a mandatária argentina, ao reivindicar o "direito de todos conviverem civilizadamente, mesmo em circunstâncias extremas e difíceis".
Na segunda-feira, Cristina Kirchner já havia dito que a sociedade argentina precisava de "olhares e vozes que tragam tranquilidade, não desejos de vingança e ódio".
A declaração da presidente, a segunda nesta semana, acontece em meio à politização dos casos de linchamento no país.
A oposição critica a onda de violência e insegurança pela ausência do Estado.
Ontem, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri (PRO), disse que diante da falta de respostas das autoridades para a insegurança no país "prevalece a lei do mais forte".
O secretário de Segurança do país, Sérgio Berni, afirmou que as pessoas que estão promovendo os linchamentos "não são vizinhos, mas assassinos".
ESPANCAMENTOS – Um dos episódios mais recentes aconteceu no bairro de Palermo, em Buenos Aires, famoso reduto de turistas por suas lojas, cafeterias e restaurantes.
Após roubar a bolsa de uma mulher, o ladrão foi pego por pessoas que estavam próximas ao local do assalto. Os vizinhos começaram então a espancá-lo. O criminoso foi salvo pelo porteiro de um edifício, que interveio. "Nem a um cachorro se tenta matar dessa maneira", disse o porteiro.
Em Rosário, província de Santa Fé, um ladrão identificado como David Moreira, 18, morreu depois de ter sido espancado por moradores. Ele também havia roubado uma bolsa.
"A vingança é algo da pré-história, do Estado de não-Direito", afirmou a mandatária argentina, ao reivindicar o "direito de todos conviverem civilizadamente, mesmo em circunstâncias extremas e difíceis".
Na segunda-feira, Cristina Kirchner já havia dito que a sociedade argentina precisava de "olhares e vozes que tragam tranquilidade, não desejos de vingança e ódio".
A declaração da presidente, a segunda nesta semana, acontece em meio à politização dos casos de linchamento no país.
A oposição critica a onda de violência e insegurança pela ausência do Estado.
Ontem, o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri (PRO), disse que diante da falta de respostas das autoridades para a insegurança no país "prevalece a lei do mais forte".
O secretário de Segurança do país, Sérgio Berni, afirmou que as pessoas que estão promovendo os linchamentos "não são vizinhos, mas assassinos".
ESPANCAMENTOS – Um dos episódios mais recentes aconteceu no bairro de Palermo, em Buenos Aires, famoso reduto de turistas por suas lojas, cafeterias e restaurantes.
Após roubar a bolsa de uma mulher, o ladrão foi pego por pessoas que estavam próximas ao local do assalto. Os vizinhos começaram então a espancá-lo. O criminoso foi salvo pelo porteiro de um edifício, que interveio. "Nem a um cachorro se tenta matar dessa maneira", disse o porteiro.
Em Rosário, província de Santa Fé, um ladrão identificado como David Moreira, 18, morreu depois de ter sido espancado por moradores. Ele também havia roubado uma bolsa.