Após protesto contra salário atrasado, líderes se calam

RIO DE JANEIRO – Líderes dos protestos no Botafogo, o goleiro Jefferson e o zagueiro Bolívar não se pronunciaram ontem sobre os atos nos últimos treinos.
Há três dias, os jogadores estão protestando contra o atraso de salários. Ontem, eles atrasaram em cerca de meia hora o treino e ficaram por oito minutos sentados no gramado do campo auxiliar do Engenhão. Anteontem, decidiram ficar em casa e não foram treinar.
Os jogadores alegam que não receberam dois meses de salários, além do prêmio pela classificação na pré-Libertadores. A diretoria diz que deve apenas um mês.
Inicialmente, Jefferson participaria da entrevista, mas sua participação foi cancelada em cima da hora. O clube informou que o goleiro da seleção só foi informado da entrevista nos vestiários e pediu para não ir.
"Fica muito difícil falar [sobre o protesto]. Tamos muito focados no jogo de quarta. Depois de quarta, vamos pensar no assunto", disse o atacante Henrique, que vai substituir o argentino Ferreyra no Maracanã.
Líder do grupo 2 da Libertadores, a equipe soma sete pontos e pode garantir vaga na segunda fase do torneio continental, caso vença o Unión Española, do Chile, na quarta, no Rio.
Sábado, o zagueiro Bolívar pediu para não comentar sobre protestos até quarta-feira. O presidente do clube, Maurício Assumpção, já informou que não deve pagar os salários nos próximos dias.