“Não quero que minha filha passe por isso”, diz Arouca sobre racismo
O volante Arouca, 27, vive um pesadelo desde a noite de anteontem, quando foi chamado de macaco por torcedores do Mogi Mirim, após a goleada por 5 a 2 do Santos sobre a equipe local.
Autor do quarto gol da vitória, o jogador já havia sido hostilizado durante todo o jogo no estádio da cidade do interior paulista.
Além do xingamento, ouviu de alguns torcedores do Mogi que deveria tentar vaga em alguma seleção africana, e não na brasileira, como pediam os santistas que estiveram no estádio.
O jogador ficou consternado enquanto era xingado. Não esboçou reação, porém ontem ele decidiu falar.
Em nota oficial publicada pelo site do Santos, Arouca disse se orgulhar de suas origens africanas e criticou a escassez de punições para casos de racismo.
"A impunidade e a conivência das autoridades com as pessoas que fazem esse tipo de coisa [gestos racistas] são tão graves quanto os próprios atos em si", escreveu o jogador.
"Isso (a agressão) só mostra que o ser humano ainda tem muito a evoluir e a crescer, que não estamos nem perto de um mundo que viva a harmonia entre as pessoas e todas as suas diferenças", afirma um dos trechos da nota assinada pelo jogador.
INTERDITA ESTÁDIO – A FPF (Federação Paulista de Futebol) interditou o estádio Romildo Vitor Gomes Ferrari, do Mogi Mirim, depois dos atos racistas contra o volante Arouca, do Santos.
De acordo com uma nota emitida pela FPF na tarde de ontem, a decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado de São Paulo.
"A ação se tornou necessária considerando que as ações da torcida do Mogi Mirim maculam de forma indelével a disciplina desportiva e também os princípios básicos de civilidade e humanismo", diz a nota da FPF.
"A interdição do estádio será mantida até a decisão final de processo disciplinar instalado para averiguar os fatos ocorridos", afirma.
Presidente e jogador do Mogi Mirim, Rivaldo usou as redes sociais para condenar os insultos sofridos por Arouca.
O ex-jogador da seleção brasileira, porém, disse que não pode controlar torcedores que ofendem atletas no estádio de seu clube, por esse motivo acredita ser injusta qualquer punição ao Mogi.
"Eu só não concordo em punição para o clube, não podemos controlar a boca dos torcedores. O clube é responsável caso tenha briga, invasão de campo ou objetos jogados em campo. Anteontem, por exemplo, liberamos mais um parte da arquibancada para os torcedores do Santos para evitar qualquer problema. Mas entrego esta situação nas mãos de Deus", completou o ex-jogador da seleção brasileira.
Autor do quarto gol da vitória, o jogador já havia sido hostilizado durante todo o jogo no estádio da cidade do interior paulista.
Além do xingamento, ouviu de alguns torcedores do Mogi que deveria tentar vaga em alguma seleção africana, e não na brasileira, como pediam os santistas que estiveram no estádio.
O jogador ficou consternado enquanto era xingado. Não esboçou reação, porém ontem ele decidiu falar.
Em nota oficial publicada pelo site do Santos, Arouca disse se orgulhar de suas origens africanas e criticou a escassez de punições para casos de racismo.
"A impunidade e a conivência das autoridades com as pessoas que fazem esse tipo de coisa [gestos racistas] são tão graves quanto os próprios atos em si", escreveu o jogador.
"Isso (a agressão) só mostra que o ser humano ainda tem muito a evoluir e a crescer, que não estamos nem perto de um mundo que viva a harmonia entre as pessoas e todas as suas diferenças", afirma um dos trechos da nota assinada pelo jogador.
INTERDITA ESTÁDIO – A FPF (Federação Paulista de Futebol) interditou o estádio Romildo Vitor Gomes Ferrari, do Mogi Mirim, depois dos atos racistas contra o volante Arouca, do Santos.
De acordo com uma nota emitida pela FPF na tarde de ontem, a decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado de São Paulo.
"A ação se tornou necessária considerando que as ações da torcida do Mogi Mirim maculam de forma indelével a disciplina desportiva e também os princípios básicos de civilidade e humanismo", diz a nota da FPF.
"A interdição do estádio será mantida até a decisão final de processo disciplinar instalado para averiguar os fatos ocorridos", afirma.
Presidente e jogador do Mogi Mirim, Rivaldo usou as redes sociais para condenar os insultos sofridos por Arouca.
O ex-jogador da seleção brasileira, porém, disse que não pode controlar torcedores que ofendem atletas no estádio de seu clube, por esse motivo acredita ser injusta qualquer punição ao Mogi.
"Eu só não concordo em punição para o clube, não podemos controlar a boca dos torcedores. O clube é responsável caso tenha briga, invasão de campo ou objetos jogados em campo. Anteontem, por exemplo, liberamos mais um parte da arquibancada para os torcedores do Santos para evitar qualquer problema. Mas entrego esta situação nas mãos de Deus", completou o ex-jogador da seleção brasileira.