Forças Armadas atuarão na Copa em defesa estratégica e emergências

BRASÍLIA – O plano de segurança para a Copa do Mundo prevê a atuação de militares em duas frentes, em atuação conjuntas com as corporações civis. A função primordial das Forças Armadas será fazer a segurança do espaço aéreo, defesa das fronteiras terrestres e marítima, além de evitar ataques cibernéticos.
Haverá, ainda, uma tropa de cerca de 1.400 militares -o número pode aumentar- em cada uma das cidades-sede, para atuar em contingências.
Na manhã de ontem, a presidente Dilma Rousseff disse que, quando necessário, o governo usará as Forças Armadas para coibir atos de violência durante a Copa do Mundo.
"A Polícia Federal, a Força Nacional de Segurança, a Polícia Rodoviária Federal, todos os órgãos do governo federal estão prontos e orientados para agir dentro de suas competências e, se e quando for necessário, nós mobilizaremos também as Forças Armadas", disse.
O ministro Celso Amorim (Defesa) disse no ano passado que essa tropa deve atuar como apoio às outras forças de segurança. Essas tropas são, disse o ministro, "de contingência para a hipótese de as forças de segurança pública não darem conta do recado, digamos, em alguma situação por qualquer motivo que seja".
Além dos militares, a Força Nacional de Segurança, que têm uma tropa de 10 mil policiais, também pode ser acionada, uma vez que estará de prontidão para este tipo de situação.
INTEGRAÇÃO – A segurança na Copa, assim como em grandes eventos, será feita de forma integrada. Haverá Centros de Comando e Controle que reunirão, no mesmo lugar, militares e civis.
A Polícia Militar dos Estados ficará responsável por controlar os chamados "distúrbios civis" e poderá contar com o apoio da Força Nacional se os governadores assim quiserem.
Caberá à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal a missão de proteger delegações e autoridades fora dos estádios e dos Centros de Treinamento, além de garantir escolta nos deslocamentos e conter crimes transnacionais e ações terroristas.
As Forças Armadas podem até reforçar o policiamento nas ruas por uma decisão da presidente Dilma Rousseff, mas sua principal tarefa será controlar principalmente espaços aéreo e marítimo, fronteiras, e evitar ataques cibernéticos.
Dentro dos estádios, a segurança será feita por agentes privados, contratados pela Fifa, e com o apoio e monitoramento das forças policiais.