Reajuste do salário mínimo regional será debatido em fevereiro

CURITIBA – Representantes do governo estadual, trabalhadores e setor patronal se reuniram ontem, na Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, para definir as datas das próximas reuniões do grupo de trabalho criado para debater o reajuste do salário mínimo regional do Paraná deste ano.
As três propostas de aumento encaminhadas preveem índices de 9,56%, 9,19% e 8,87%, todos superiores ao reajuste de 6,78% que elevou o mínimo nacional a R$ 724 neste ano.
No ano passado, o aumento do piso paranaense foi de 12,7%, contra 9% do nacional.
Durante o encontro foram definidas as datas das duas próximas reuniões que irão acontecer nos dias 4 e 18 do mês de fevereiro, sendo que na reunião do dia 18 será definida a data de uma terceira e última reunião do grupo, que anunciará se houve ou não consenso sobre uma das três opções já apresentadas ou a criação de um novo índice de reajuste do salário mínimo regional.
O secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, disse que se não houver consenso na aprovação de uma das propostas ou na criação de um novo índice de reajuste até o dia 31 de março, será enviada ao governador e, posteriormente, para votação na Assembleia o texto inicial, com as três propostas.
Além da análise das três propostas, temas como a qualificação profissional, valorização do emprego no setor industrial, antecipação da data-base de reajuste do mínimo, informalidade, rotatividade no emprego e saúde e segurança no trabalho serão debatidas nas próximas reuniões do grupo.

PROPOSTAS
Os três métodos de reajuste têm como base estudos da Secretaria do Trabalho, Dieese e Ipardes:
Opção 1 – Reajuste de 9,56%, equivalente à média das variações reais do PIB brasileiro nos últimos três anos mais a variação anual do INPC.
Opção 2 – Aumento de 9,19%, referente ao índice de atividade econômica regional do Paraná (IBCR-PR), calculado pelo Banco Central, mais a variação anual do INPC.
Opção 3 – Reajuste de 8,97%, equivalente à variação nominal (em 12 meses) do salário médio de admissão de grandes grupos ocupacionais abrangidos pela política do salário mínimo regional, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).