Mais um torcedor do Atlético-PR se entrega à polícia

Mais um torcedor acusado de participar da briga durante o jogo entre Atlético-PR e Vasco, na última rodada do Campeonato Brasileiro, se entregou à polícia ontem.
Agora, são 23 os presos por causa da confusão, que interrompeu a partida por mais de uma hora e deixou quatro torcedores feridos. Ainda há oito pessoas foragidas.
Todos foram indiciados sob suspeita de formação de quadrilha, dano ao patrimônio público e incitação à violência. Sete deles, incluindo três que foram presos em flagrante no dia do jogo, respondem também por tentativa de homicídio.
Quem se entregou ontem foi Leonardo Rodrigo Borges, 27, torcedor do Atlético-PR que era considerado foragido desde anteontem. Ele mora em Curitiba.
Os torcedores estão presos em Joinville (SC), cidade em que ocorreu a partida, e só serão liberados se houver decisão judicial. A maioria deles está presa preventivamente.
A Justiça entendeu que a prisão preventiva era necessária para "se dar um basta a atitudes violentas desta espécie" e restabelecer a paz em eventos esportivos, especialmente no ano que antecede a Copa do Mundo.
Para o advogado Haroldo César Nater, que defende 11 dos torcedores indiciados, as prisões foram "arbitrárias".
"Foi uma medida desproporcional. É para dar satisfação à Fifa, à CBF", disse, em entrevista à rádio BandNews Curitiba. "Se eles forem condenados, provavelmente não serão recolhidos à prisão. Se o sujeito, após condenado, não vai para a cadeia, por que motivo ele precisa, durante a instrução processual, ser preso”?
O advogado Cláudio Dalledone, que defende o ex-vereador de Curitiba Juliano Borghetti (PP), também preso preventivamente, afirma que seu cliente não incitou a violência nem agrediu ninguém, mas que estava tentando proteger o filho adolescente que estava na torcida.
Outros dois acusados, no momento da prisão, afirmaram que agiram "em legítima defesa", segundo a polícia.