Blatter “esquece” torneio de 2000 ao enaltecer vitória do Raja Casablanca
Para engrandecer o feito do Raja Casablanca, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixou de lado o Mundial de 2000, conquistado pelo Corinthians.
Na quarta-feira, a equipe do Marrocos, que entrou como convidada, venceu o Atlético-MG na semifinal do Mundial de Clubes e vai disputar a final contra o Bayern de Munique, sábado, às 17h30 (de Brasília).
"Pela primeira vez temos uma final sem um dos dois participantes tendo sido campeões continentais, mas foi uma decisão entre os dois melhores times do campeonato", disse Blatter ontem. Em 2000, porém, o Corinthians foi à final contra o Vasco, no Maracanã, e conquistou o título mesmo não tendo conquistado até então nenhuma Libertadores.
Aquele foi o primeiro Mundial organizado pela Fifa. O Corinthians entrou na competição como representante do país local por ter sido campeão brasileiro no ano anterior. O Palmeiras, que ostentava o título da Libertadores, ficou fora. O Vasco entrou como o campeão continental (ganhou a Libertadores de 98).
De acordo com a Fifa, a frase de Blatter se referiu apenas aos Mundiais com o formato atual, estabelecido em 2005, quando o torneio passou a ter apenas os campeões de cada continente. Em 2007, a Fifa acrescentou o campeão nacional do país-sede do torneio.
BRONCA COM EUROPEUS – Blatter disse ainda estar desapontado com a falta de interesse dos clubes europeus na competição. O dirigente afirmou que espera que isso mude nas próximas edições.
"Quando se jogava no Japão e nos Emirados Árabes havia menos interesse na Europa talvez devido à situação geográfica. Mas Marrocos está na porta da Europa. Nós estamos desapontados. O interesse da Europa poderia ser um pouco maior."
Antes da final, às 14h30 (de Brasília), Atlético-MG e Guangzhou Evergrande, da China, disputam o terceiro lugar.