Rossoni confirma que é a favor de nova eleição para o TC, mas aguarda e respeita a decisão da Justiça

CURITIBA – O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, disse ontem, em entrevista coletiva, que aguardará a decisão de mérito da Justiça sobre a realização ou não de uma nova eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas Paraná.
“A minha vontade é de fazer uma nova eleição, mas não quero contrariar a lei. Compete à Justiça decidir. Ficaria muito bom para a Assembleia e também para o processo de transparência que implantamos aqui”, disse Rossoni.
Segundo o presidente, todas as informações solicitadas pelo TJ foram prestadas. “A Assembleia está colaborando totalmente. Já estão em poder da Justiça todos os documentos solicitados. Vamos aguardar e respeitar a decisão dela.”
Em caso da necessidade de realizar uma nova eleição, não há previsão de data. “Se houver tempo hábil, pode acontecer ainda neste ano”.
PRESSÃO – Rossoni voltou a afirmar o desconhecimento de que houve qualquer tipo de pressão sobre os deputados para a escolha do conselheiro na eleição que aconteceu no dia 15 de julho.
“Não podemos esconder que é automática a suposição de pressão quando se trata de alguém próximo da chefia de um Poder. Eu não fui pressionado, ainda mais porque tive problemas com o ex-presidente do TJ devido ao aumento do Funrejus e taxas de cartório, que não coloquei em votação em 2012”.

Comissão Especial

O presidente também disse acreditar no bom trabalho realizado pela Comissão Especial que analisou a inscrição dos 45 candidatos. “Ela fez um belo trabalho, com transparência total. Foi a primeira vez que os candidatos puderam ir à tribuna e até mesmo fazer críticas ao sistema”, lembrou. Segundo Rossoni, caso seja realizada uma nova eleição, o processo será da mesma forma, com a possibilidade de deputados serem candidatos e com voto secreto. “Para mudar é preciso alterar a Constituição Federal”.

Eleição Maurício Requião

Questionado sobre o fato de ter anulado a eleição do conselheiro Maurício Requião, Rossoni disse que os casos são diferentes e por isso a decisão de aguardar um parecer final do Tribunal de Justiça. “Na eleição do Maurício Requião a escolha aconteceu antes da vacância do cargo. Além disso, havia a questão do nepotismo e do voto aberto, quando deveria ser secreto”.