Classe policial propõe ao governador 31 medidas para melhorar a segurança pública

CURITIBA – Um documento com 31 medidas práticas para melhorar a segurança pública no Paraná sugeridas pela própria classe policial, autoridades e sociedade organizada. É este o conteúdo do relatório “Que Polícia Você Quer para o Paraná” entregue nesta quinta-feira, 14, ao governador Carlos Massa Ratinho Junior pelo deputado Delegado Recalcatti (PSD). 
O documento é o resultado de uma audiência pública, realizada em novembro passado, na Assembleia Legislativa, e foi assinado por seis deputados estaduais que tomaram posse no último dia 1º.
“Este documento reúne as principais propostas e ideias dos representantes das forças de segurança que manifestaram suas opiniões e posições em relação às necessidades de investimentos, política de recursos humanos e alterações na legislação”, explicou Recalcatti. 
As 31 sugestões estão divididas em duas grandes áreas: Políticas de Segurança Pública (Investimentos, Servidores e Inovação) e Alterações Legislativas (Constituição e Legislação Federal e Estadual). 
“Buscamos compilar as propostas de forma direta, sem muitos detalhes, para expormos de forma clara o que pensam a classe policial e as pessoas que estão diretamente envolvidas com a segurança pública”, disse Recalcatti ao governador. Ratinho Junior afirmou que irá estudar o documento pessoalmente e encaminhá-lo às autoridades estaduais.
DOCUMENTO – Os parlamentares alegam que a segurança foi um dos grandes temas do debate eleitoral no ano passado, o que resultou na eleição de centenas de deputados estaduais e federais dessa área em todo o país. Somente no Paraná foram eleitos 10 deputados estaduais com origem profissional na Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Exército. 
“Acreditamos ser este o momento propício para propormos mudanças efetivas, agregando forças dessa bancada emergente no Parlamento paranaense”, escreveram os sete parlamentares.
Eles chamam atenção para dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que confirmam a crise no setor: em 2017 foram registrados 61 mil homicídios no país. “Em termos econômicos, os custos da criminalidade passaram de 113 bilhões de reais, em 1996, para 285 bilhões de reais em 2015”, anotaram. Cópias digitais do documento também foram protocoladas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Todas as entidades participantes da audiência pública começaram a receber o relatório nesta semana.