Após ato com depredação em SP, nenhum dos 56 detidos é indiciado

SÃO PAULO (Folhapress) – A polícia pretende recorrer a imagens do circuito interno de câmeras da loja Tok&Stok e de estabelecimentos comerciais da região da marginal Pinheiros para identificar os autores da depredação que ocorreu durante protesto na noite de anteontem. As imagens também serão usadas para avaliar se houve excesso por parte dos policiais.
Ao todo, 55 pessoas foram detidas dentro da loja de utensílios domésticos e outras cinco em um posto de gasolina ao lado.
Nenhuma pessoa será indiciada, pois, segundo o boletim de ocorrência registrado no 14º DP (Pinheiros), trata-se de um "crime multitudinário", onde os policiais "não conseguiram visualizar quais seriam os autores dos danos à loja e aos policiais".
Nenhum manifestante detido tinha passagem pela polícia. A maioria era estudante, com idade entre 20 e 25 anos.
Dentre os manifestantes encaminhados à delegacia havia um menor, de 17 anos, e um outro que estava com uma pequena porção de maconha.
De acordo com registro da Polícia Civil, também foram encontrados no local do confronto entre manifestantes e a polícia pedaços do paus, bandeiras e máscaras.
Durante o depoimento na madrugada de ontem, os manifestantes detidos disseram aos policiais que estavam fugindo das bombas de gás lacrimogêneo atirados quando passaram mal e foram detidos, segundo eles, sem motivo aparente.