Dólar fecha em alta e vai a R$ 2,23 apesar de nova intervenção do BC
SÃO PAULO (Folhapress) – O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou ontem em alta de 0,26% em relação ao real, cotado em R$ 2,232 na venda, mesmo com nova atuação do Banco Central. Na semana, a moeda americana teve queda de 1,57%.
O Banco Central realizou um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro, para conter o sobe e desce da moeda americana no dia. Foram vendidos todos os 20 mil contratos oferecidos, com vencimento em 2 de dezembro deste ano, por US$ 994,6 milhões.
Anteontem, a autoridade já havia realizado uma operação do mesmo tipo, injetando no mercado mais US$ 994,9 milhões.
"Foi um dia muito instável, a moeda oscilou entre R$ 2,21 e R$ 2,24. Não vimos motivos aparentes para este movimento", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. Para ele, esse movimento reflete uma falta de referência entre os investidores.
"O mercado continua perdido, na minha opinião. Isso deve continuar até que tenhamos uma melhora consistente da economia, com resgate da credibilidade do governo brasileiro para os investidores. Eles têm que se sentir mais seguros para aplicar aqui", avalia.
De acordo com Galhardo, a preocupação que o Banco Central demonstrou na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em relação ao impacto do avanço do dólar na inflação de curto prazo é um fator positivo.
"O BC deve agir de uma forma mais incisiva para conter isso [a inflação no curto prazo]. O mercado acredita que ele vai continuar elevando a taxa de juros [a Selic] para conter o avanço dos preços", completa.
Um aumento na Selic deixa investimentos mais trativos no Brasil para os estrangeiros, mas, segundo especialistas, a entrada de recursos no país ainda está limitada pela baixa credibilidade das medidas do governo em relação ao crescimento fragilizado da economia.
O Banco Central realizou um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro, para conter o sobe e desce da moeda americana no dia. Foram vendidos todos os 20 mil contratos oferecidos, com vencimento em 2 de dezembro deste ano, por US$ 994,6 milhões.
Anteontem, a autoridade já havia realizado uma operação do mesmo tipo, injetando no mercado mais US$ 994,9 milhões.
"Foi um dia muito instável, a moeda oscilou entre R$ 2,21 e R$ 2,24. Não vimos motivos aparentes para este movimento", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. Para ele, esse movimento reflete uma falta de referência entre os investidores.
"O mercado continua perdido, na minha opinião. Isso deve continuar até que tenhamos uma melhora consistente da economia, com resgate da credibilidade do governo brasileiro para os investidores. Eles têm que se sentir mais seguros para aplicar aqui", avalia.
De acordo com Galhardo, a preocupação que o Banco Central demonstrou na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em relação ao impacto do avanço do dólar na inflação de curto prazo é um fator positivo.
"O BC deve agir de uma forma mais incisiva para conter isso [a inflação no curto prazo]. O mercado acredita que ele vai continuar elevando a taxa de juros [a Selic] para conter o avanço dos preços", completa.
Um aumento na Selic deixa investimentos mais trativos no Brasil para os estrangeiros, mas, segundo especialistas, a entrada de recursos no país ainda está limitada pela baixa credibilidade das medidas do governo em relação ao crescimento fragilizado da economia.