Espanha e Taiti fazem confronto mais desigual da história da Fifa

A maior goleada da história da Espanha foi um 13 a 0 sobre a Bulgária em amistoso 80 anos atrás. A Copa das Confederações nunca viu uma vitória mais pesada que o 8 a 2 do Brasil contra a Arábia Saudita na semi de 1999.
A equipe espanhola enfrenta hoje o Taiti, no Rio, pela segunda rodada do Grupo, pensando em recordes.
Ao menos um será batido.
Desde que o ranking da Fifa foi criado, em 1993, nunca houve um confronto em torneios da entidade com dois times em posições tão distantes quanto o desta quinta-feira.
Cento e trinta e sete lugares separam a Espanha, número um do planeta, atual campeã mundial e bi europeia, do Taiti, 138º da lista classificatória, uma seleção que nunca disputou um Mundial, já está fora de 2014 e conta com apenas um jogador profissional de futebol.
Até que a bola role no Maracanã, a maior diferença de ranking em um torneio Fifa foi vista na primeira fase da Copa do Mundo de 2010. O Brasil, então líder da classificação, derrotou a Coreia do Norte, 105ª, por só 2 a 1.
Nem o mais otimista dos taitianos acredita que conseguirá um resultado semelhante ante os espanhóis.
A modesta equipe já ficou satisfeita por ter balançado as redes na goleada por 6 a 1 sofrida ante a Nigéria, em sua estreia na Copa das Confederações e em competições jogadas fora da Oceania, e agora tem praticamente implorado para que a campeã mundial tenha piedade dela.
"Todos dizem que a Espanha vai marcar um montão de gols, mas não acredito. Sei que Vicente del Bosque [técnico da ‘Roja’] é uma pessoa com muita humildade. Não vai falar para os jogadores fazerem isso", apelou o treinador do Taiti, Eddy Etaeta.
"Respeitamos o Taiti como como qualquer outra seleção. Vamos tentar ganhar e fazer os gols", respondeu o meia espanhol Iniesta, cujo salário anual no Barcelona (R$ 25 milhões) equivale ao quíntuplo de todo orçamento da Federação Taitiana de Futebol.
 
ESPANHA
Valdés; Azpilicueta, S. Ramos, Albiol e Monreal; J. Martínez, Cazorla e David Silva; Mata, Torres e David Villa. Técnico: Vicente del Bosque
 
TAITI
Samin; Ludivion, Vallar e Jonathan Tehau; Simon, Bourebare, Caroine e Aitamai; Vahirua, Alvin Tehau e Chong Hue. Técnico: Eddy Etaeta
 
Estádio: Maracanã, no Rio
Horário: 16h
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)