Seminário de Saul Bogoni abordou temas controversos da história de Paranavaí
Na sexta-feira, o professor e jornalista Saul Bogoni ministrou o seminário “Paranavaí – Fatos e Memórias”, no Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa.
O evento, que fez parte da programação do 5º Fórum de Cultura de Paranavaí, atraiu dezenas de estudantes, além de artistas, agentes culturais e pessoas interessadas em conhecer um pouco mais da história local.
Seguindo uma linha cronológica, Saul Bogoni falou ao público sobre muitos fatos importantes, mas ainda desconhecidos da maioria da população, como a origem do nome Distrito de Montoya, remetendo a um episódio envolvendo a fuga de milhares de índios comandados pelo jesuíta peruano Antonio Ruiz de Montoya, que fez o possível para os livrar dos bandeirantes paulistas.
Bogoni também deixou claro que, embora Paranavaí, como cidade, tenha uma história de apenas 60 anos, há muitos indícios de que a localidade começou a ser habitada há mais de 100 anos.
“Isso mostra que Paranavaí tem uma história muito mais antiga. Maringá começou a ser colonizada somente em 1942 e tenho registros que provam isso”, declarou o professor durante a palestra.
Saul, um dos mais influentes pesquisadores da formação histórica local, também deixou claro que se somadas todas as etapas de colonização é justo afirmar que Paranavaí teve um dos primeiros núcleos populacionais do Norte do Paraná, superando até mesmo Londrina.
Um dos temas mais polêmicos do seminário, e que chamou muita atenção do público, foi o episódio pós-Revolução de 1930 que culminou no fim de uma colônia com cerca de seis mil moradores.
“Desse total, restaram apenas seis pessoas. Isso aconteceu porque a Braviaco [Companhia Brasileira de Viação e Comércio] apoiou o candidato a presidente Júlio Prestes que venceu a eleição, mas foi deposto pelos militares. Com Getúlio Vargas no poder o governo quis dar o exemplo e acabou com o povoado, inclusive queimaram muitas casas”, explicou.
Pautado em documentos, Bogoni apresentou os primeiros registros de moradores de Paranavaí, incluindo nascimentos, óbitos e casamentos.
Se recordou de episódios em que entrevistou inúmeros pioneiros já falecidos, como Natal Francisco e o controverso Frutuoso Joaquim de Salles, que chegou em 1929 em uma leva de 300 famílias de migrantes nordestinos.
Os mais jovens se surpreenderam ao saber que a primeira demarcação territorial de Paranavaí foi feita a partir de onde hoje se localiza o Banco Sicredi – entre a Avenida Paraná e Rua Marechal Cândido Rondon. “A Avenida Paraná foi a primeira do município. E a sede da Fazenda Brasileira se situava onde é hoje o Centro de Pesquisa do Iapar [Instituto Agronômico do Paraná]”, destacou o jornalista.
Durante o seminário, Saul Bogoni tirou muitas dúvidas da plateia e fez contextualizações entre a realidade local, regional, estadual e nacional, proporcionando uma ampla dimensão e compreensão dos fatos.
Abordou as dificuldades nos tempos da Fazenda Brasileira e debateu outros assuntos polêmicos como a história do Capitão Telmo Ribeiro e a sua relação com o delegado de Londrina, Achilles Pimpão. (Por David Arioch, da Fundação Cultural)
O evento, que fez parte da programação do 5º Fórum de Cultura de Paranavaí, atraiu dezenas de estudantes, além de artistas, agentes culturais e pessoas interessadas em conhecer um pouco mais da história local.
Seguindo uma linha cronológica, Saul Bogoni falou ao público sobre muitos fatos importantes, mas ainda desconhecidos da maioria da população, como a origem do nome Distrito de Montoya, remetendo a um episódio envolvendo a fuga de milhares de índios comandados pelo jesuíta peruano Antonio Ruiz de Montoya, que fez o possível para os livrar dos bandeirantes paulistas.
Bogoni também deixou claro que, embora Paranavaí, como cidade, tenha uma história de apenas 60 anos, há muitos indícios de que a localidade começou a ser habitada há mais de 100 anos.
“Isso mostra que Paranavaí tem uma história muito mais antiga. Maringá começou a ser colonizada somente em 1942 e tenho registros que provam isso”, declarou o professor durante a palestra.
Saul, um dos mais influentes pesquisadores da formação histórica local, também deixou claro que se somadas todas as etapas de colonização é justo afirmar que Paranavaí teve um dos primeiros núcleos populacionais do Norte do Paraná, superando até mesmo Londrina.
Um dos temas mais polêmicos do seminário, e que chamou muita atenção do público, foi o episódio pós-Revolução de 1930 que culminou no fim de uma colônia com cerca de seis mil moradores.
“Desse total, restaram apenas seis pessoas. Isso aconteceu porque a Braviaco [Companhia Brasileira de Viação e Comércio] apoiou o candidato a presidente Júlio Prestes que venceu a eleição, mas foi deposto pelos militares. Com Getúlio Vargas no poder o governo quis dar o exemplo e acabou com o povoado, inclusive queimaram muitas casas”, explicou.
Pautado em documentos, Bogoni apresentou os primeiros registros de moradores de Paranavaí, incluindo nascimentos, óbitos e casamentos.
Se recordou de episódios em que entrevistou inúmeros pioneiros já falecidos, como Natal Francisco e o controverso Frutuoso Joaquim de Salles, que chegou em 1929 em uma leva de 300 famílias de migrantes nordestinos.
Os mais jovens se surpreenderam ao saber que a primeira demarcação territorial de Paranavaí foi feita a partir de onde hoje se localiza o Banco Sicredi – entre a Avenida Paraná e Rua Marechal Cândido Rondon. “A Avenida Paraná foi a primeira do município. E a sede da Fazenda Brasileira se situava onde é hoje o Centro de Pesquisa do Iapar [Instituto Agronômico do Paraná]”, destacou o jornalista.
Durante o seminário, Saul Bogoni tirou muitas dúvidas da plateia e fez contextualizações entre a realidade local, regional, estadual e nacional, proporcionando uma ampla dimensão e compreensão dos fatos.
Abordou as dificuldades nos tempos da Fazenda Brasileira e debateu outros assuntos polêmicos como a história do Capitão Telmo Ribeiro e a sua relação com o delegado de Londrina, Achilles Pimpão. (Por David Arioch, da Fundação Cultural)