Polícia pede apreensão de jovem após filha de 7 meses ser agredida

RIBEIRÃO PRETO – A delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Franca (400 km de São Paulo), Graciela Davi Ambrósio, pediu a apreensão de uma adolescente de 15 anos e do namorado dela, de 18, por suspeita de espancar a filha da menor, de apenas 7 meses.
A criança foi internada na Santa Casa com sete fraturas nas costelas e ferimento no baço.
Laudo oficial da perícia médica da Polícia Civil divulgado anteontem identificou os ferimentos e indica que foram provocados por agressões – e não uma queda, por exemplo.
A DDM de Franca informou que, em depoimento, a jovem assumiu ter agredido a criança e acusou o namorado, de 18, de ter participado.
A Justiça já expediu a prisão preventiva do rapaz, mas a polícia não o localizou anteontem. A delegada ainda aguarda decisão sobre a apreensão da garota.
O bebê foi internado na Santa Casa no último dia 16, após passar por atendimentos em pronto-socorro por dois dias.
O encaminhamento ao hospital ocorreu devido à identificação de hemorragia torácica. As fraturas foram detectadas na Santa Casa.
A equipe de pediatria da Santa Casa informou que o bebê tem fraturas em costelas, que provocaram a presença de coágulo no pulmão esquerdo. Ela também sofreu lesão no baço provocado por trauma.
"O que achamos nos exames físicos é diferente do que foi contado pela mãe, de que a criança teria caído. Os ferimentos caracterizam síndrome de maus tratos", afirmou a pediatra Bárbara de Cássia Gomes Costa Batista.
A delegada disse que, em depoimento na DDM anteontem, a adolescente admitiu que agrediu o bebê com socos no tórax em um momento de raiva. Porém, o namorado, que não é o pai da criança, nega ter participado das agressões.
A mãe e o padrasto da criança foram ouvidos na semana passada e liberados. À reportagem o pai da adolescente disse que a agressão foi feita só pelo padrasto da criança. A garota teria assumido as agressões, inicialmente, porque o rapaz teria ameaçado ela e o sogro.
A reportagem tentou contato com o padrasto, mas o seu telefone celular permanece desligado.
A criança permanece internada na pediatria da Santa Casa, mas deve receber alta até o fim desta semana.
Nesta semana, ela não precisou de analgésicos por conta das fraturas, apesar de ainda sentir dores ao ser segurada por adultos.