Atendimento ambulatorial começa a ser realizado em Paranavaí

Consultas, exames e pequenos procedimentos cirúrgicos. Começou a ser realizado em Paranavaí o atendimento ambulatorial a pacientes com câncer. O serviço está sendo oferecido pelo Hospital Santa Rita de Maringá, que é referência no tratamento oncológico para toda a região do Extremo-Noroeste, juntamente ao Hospital do Câncer de Maringá.
Inicialmente, o atendimento será realizado às terças-feiras, das 13 às 18 horas, na Clínica Center Medic São Paulo, mas o médico Alvo Orlando Vizzotto Junior, coordenador da oncologia do Santa Rita, garantiu que o hospital possui estrutura para ampliar os horários de consultas, exames e pequenas cirurgias, caso haja necessidade.
Na tarde de ontem, primeiro dia de atendimento em Paranavaí, Vizzotto Junior conversou com integrantes do Movimento Pró-Tratamento Oncológico de Paranavaí e Região Noroeste e com vereadores da cidade. Ele esclareceu questões técnicas e respondeu a alguns questionamentos feitos pelo grupo.
O médico explicou que criar um serviço completo de oncologia é possível, referindo-se aos procedimentos que levam ao diagnóstico da doença, o tratamento e o acompanhamento após a cura. No entanto, disse Vizzotto Junior, a estrutura hospitalar é complexa, envolvendo equipamentos de alta tecnologia e uma equipe de profissionais que atuam em diferentes áreas.
BENEFÍCIOS – O médico do Hospital Santa Rita calculou que o atendimento ambulatorial em Paranavaí deverá reduzir em 50% o fluxo de pacientes que precisam se deslocar até Maringá. De acordo com o padre Romildo Neves, um dos coordenadores do Movimento Pró-Tratamento Oncológico, em 2012 eram 50 mil pessoas com câncer nos municípios cobertos pela 14ª Regional de Saúde.
Por enquanto, o atendimento é para pacientes conveniados e particulares. Para que seja possível oferecer os serviços ambulatoriais às pessoas que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) é necessário que haja uma autorização do Governo do Estado. “Recebendo a liberação, atenderemos pelo SUS”, disse Vizzotto Junior.
MAIS COMPLEXOS – Em relação à quimioterapia e à radioterapia, o médico destacou: “Para os pacientes, é a parte mais difícil do tratamento. Do ponto de vista médico, é a etapa mais simples, mas precisa ser feita com responsabilidade. Para oferecer quimioterapia e radioterapia é necessário haver uma estrutura hospitalar preparada para qualquer complicação que aconteça”.
Ainda não há previsão para que tal estrutura hospitalar esteja em funcionamento em Paranavaí. Para os integrantes do Movimento Pró-Tratamento Oncológico, a construção do Hospital Noroeste será a solução mais provável para suprir a necessidade. Até lá, Maringá continuaria sendo a referência no tratamento de câncer oferecido aos pacientes do Extremo-Noroeste do Paraná.
Além do Santa Rita, duas instituições manifestaram interesse em firmar parcerias com Paranavaí para atender os casos de oncologia de toda a região: Hospital do Câncer de Maringá e Hospital do Câncer de Cascavel.
Para o vereador Claudemir Barini, o atendimento ambulatorial realizado em Paranavaí é o primeiro passo de uma longa jornada, mas renova os ânimos de milhares de pacientes de toda a região. “Não podemos criar obstáculos. Precisamos de decisões imediatas”, disse.