Esporte perde R$ 5,2 milhões após casos de violência contra atletas

SÃO PAULO (Folhapress) – O Comitê Olímpico do Japão (COJ) anunciou um corte de 250 milhões de ienes (cerca de R$ 5,2 milhões) de subsídio anual para a federação de judô do país. Além disso, estabeleceu regras para a federação da modalidade, como a proibição de violência no treinamento, transparência no que acontece com a seleção e a contratação de mais treinadores do sexo feminino.
A questão surgiu depois que 15 judocas denunciaram o comportamento de seu treinador ao COJ. O grupo acusava o treinador Ryuji Sonoda, da seleção feminina, de agressões e golpes com espadas de bambu, como as utilizadas no kendo, um tipo de luta. Várias das atletas integraram a equipe olímpica em Londres.
"Em setembro passado, recebemos informações sobre o fato de Sonoda ter maltratado fisicamente suas atletas. Nós o interrogamos e a veracidade das denuncias foi confirmada", afirmou Koshi Onozawa, presidente da federação de judô. Depois que as denúncias vieram à tona, Sonoda se demitiu do cargo.
A pena também busca minimizar os danos à candidatura de Tóquio para os Jogos Olímpicos de 2020 depois que uma estudante cometeu suicídio em dezembro de 2012 após ser espancada repetidas vezes pelo seu treinador de basquete.