Fórum da Diversidade Sexual começa hoje
Como disse o diretor do SESC em Paranavaí, Ubiratan Ângelo Fernandes, o evento tem cunho educativo. Nasceu da necessidade de provocar o debate e novos conhecimentos, sobretudo, na área da educação. Fernandes insiste que é preciso desmistificar o tema. Daí, a importância do debate e de ouvir palestrantes com vasto conhecimento.
Técnica de Atividade do Sesc, Tânia Volpato confirma mais de 160 inscritos. Quem quiser participar pode se inscrever até momentos antes da abertura. Embora seja aberto à sociedade, Tânia reitera a importância da participação dos profissionais da educação e de estudantes.
PROGRAMAÇÃO – Hoje – 28/11/12 – Das 7h30 às 8h30 – Credenciamento abertura do Fórum no Centro de Eventos da UNESPAR/FAFIPA de Paranavaí e abertura na sequência (30 minutos); Das 9 horas às 12h30 – Oficina Samilo Takara: “Discursos sobre Sexualidade: Problemáticas da Mídia à Educação”. O palestrante é graduado em Comunicação Social – Jornalismo – pela Universidade Estadual do Centro-Oeste/PR (Unicentro) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) na linha de Ensino, Aprendizagem e Formação de Professores.
Às 20 horas – Rogério Diniz Junqueira: “Pedagogia do Armário: A Vigilância de Gênero no Cotidiano Escolar”. Junqueira possui graduação em Comunicação pela Universidade de Brasília (1990) e doutorado em Sociologia das Instituições Jurídicas e Políticas pelas Universita Degli Studi di Milano e Macerata (1998).
Dia 29/11/12 – Das 8h30 às 12h30 – Djalma Thürler: “Cultura, Identidades e Política Queer”. Djalma Rodrigues Lima Neto é conhecido nacional e internacionalmente por Djalma Thürler. Possui estágio de Pós-Doutoramento em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É Professor permanente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade e do Programa de Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade.
Às 20 horas – Crishna Correa: “Sexualidade e discurso Jurídico”. A participante é graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (2003) e mestrado em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (2007). Atualmente é professora colaboradora da Universidade Estadual de Maringá, coordenadora do Núcleo de Estudos de Direito e Política NEDEP/UEM e líder do grupo de pesquisa de ciências sociais do CNPQ.
Dia 30/11/12 – Das 8h30 às 12h30 – Eliane Maio – “Recortes homofóbicos no espaço escolar”. A palestrante possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (1984), Mestrado em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista – UNESP/Assis (2002), Doutorado em Educação Escolar – UNESP/Araraquara (2008), Pós-Doutorado em Educação Escolar na UNESP/Araraquara, com a temática da Trajetória da Educação Sexual no Brasil.
Às 20 horas – Márcio Oliveira, abordando “Abuso sexual e implicações pedagógicas”. O convidado é formado em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá. Atualmente mestrando do Programa de Mestrado em Educação da mesma universidade, atua como tutor do curso de Pedagogia à Distância pelo NEAD – UEM. Integrante do grupo NUDISEX – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Diversidade Sexual. O encerramento do Fórum está previsto para 22 horas.
CARTA ABERTA
O Fórum da Diversidade Sexual de Paranavaí, realizado pelo SESC de Paranavaí em parceria com o Núcleo de Estudo e Pesquisa em Diversidade Sexual de Paranavaí – NUDES é resultado da necessidade do desenvolvimento de atividades, junto a profissionais especializados, com objetivo em comum de contribuir para a superação de um ambiente de sexismo e homofobia, trazendo oficinas e palestras com profissionais de diversas áreas que irão discutir as problemáticas dos discursos sobre sexualidade na mídia, no cotidiano escolar e no meio jurídico; questões da formação de gênero; práticas pedagógicas e violência sexual.
Mais do que um direito constitucional, entendemos que o respeito às diferenças perpassa o caminho do debate e do conhecimento. Neste sentido, se faz grande a necessidade do rompimento com as barreiras do silêncio sobre a diversidade sexual. Sabemos que o silêncio gera nada mais além do que intolerância, violência e reprodução de preconceitos. Sabemos que a homofobia manifestada na forma de bullying nas escolas faz com que alunos desistam dos estudos, a homofobia manifestada na família faz com que jovens percam relações de afeto importantes para sua formação, e a homofobia manifestada na forma de violência faz com que seres humanos percam suas vidas.
Esperamos que este seja o primeiro e não único passo de uma caminhada de progresso para Paranavaí. Que a luta pelo respeito às singularidades humanas possam ser encaradas como prática de exercício de cidadania e humanidade, e que contribuam para que todos possam expressar livremente as diferenças que nos fazem iguais.