Mãe de Eliza Samudio diz que não perdoaria assassinos da filha

CONTAGEM – Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, afirmou em seu depoimento que "não perdoaria" os responsáveis pela morte da sua filha durante o julgamento dos réus Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário do goleiro Bruno Fernandes, e da ex-namorada do jogador Fernanda Castro, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
Ao responder ao promotor Henry de Castro, a mãe de Eliza disse cuidar do neto Bruninho, atualmente com dois anos e dez meses, com a ajuda financeira do seu marido e que "não existe contato da família de Bruno" com o menino.
Segundo ela, "sempre houve resistência de Bruno em reconhecer a paternidade" do garoto.
Durante seu depoimento, Sônia chorou bastante ao contar sobre o que Eliza havia dito a ela a respeito de ter um filho. "Ela disse que, se um dia tivesse um filho, mataria e morreria por ele. Jamais o deixaria para trás", contou a mãe.
Ao provocar essa resposta de Sônia, o promotor buscou reforçar a tese de que Eliza não sumiria por conta dela, deixando o filho para trás.
Sônia foi convocada como testemunha da defesa de Macarrão, que trabalha na tese de que Eliza pode estar viva, já que ficou desaparecida em outra época.
O advogado de Macarrão, Leonardo Cristiano Diniz, disse que o seu interesse em convocar Sônia como testemunha é esclarecer declarações que ela deu a um órgão de imprensa sobre um desaparecimento da filha por vários meses.
Questionada por Diniz se a filha já havia desaparecido alguma vez, a mãe disse que ela já esteve "ausente", mas nunca havia "sumido". "Ela esteve ausente de mim por oito meses, mas não que tenha sumido, porque ela estava nas redes sociais. Por isso ela não estava sumida”.