Venda do raticida “chumbinho” passa a ser ilegal

BRASÍLIA – O aldicarbe, principal agrotóxico usado irregularmente como o raticida "chumbinho", não tem mais registro válido no governo federal e, assim, não pode estar disponível no mercado.
Em outubro, o Ministério da Agricultura cancelou o registro do último produto disponível à base de aldicarbe, o Temik 150. Em junho, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a agência já tinha proibido a produção de preparados com aldicarbe e previsto sua retirada programada do mercado nacional.
O pedido de cancelamento para o Ministério da Agricultura partiu da própria empresa autorizada a vendê-lo, que havia apresentado, já em 2011, um cronograma para encerrar a circulação.
Segundo a Anvisa, o ingrediente foi retirado do mercado pela "alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais, devido ao desvio de uso do referido agrotóxico".
Os sintomas típicos de intoxicação pelo "chumbinho", alerta a agência, são percebidos em até uma hora da ingestão da substância – alguns deles são náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, dor abdominal, diarreia e taquicardia.
Até aqui, o aldicarbe tinha venda restrita a agricultores cadastrados nos Estados da Bahia, de Minas Gerais e de São Paulo.
O agrotóxico era indicado para culturas de batata, café, plantas cítricas e cana-de-açúcar. Acabava, porém, tendo seu uso desviado para servir de veneno contra ratos em domicílios.