Paranavaienses ainda não se adaptaram ao horário de verão
A estratégia adotada em 10 estados brasileiros e no Distrito Federal tem como objetivo promover economia de energia elétrica, com um simples girar de ponteiros.
O adiantamento dos relógios em uma hora durante o período em que os dias são mais longos do que as noites resulta na folga operacional das instalações que compõem o sistema elétrico. Com isso, a expectativa da Copel é alcançar uma redução de 5% sobre a demanda máxima de consumo.
Difícil é explicar isso para o relógio biológico! Dormir mais tarde, acordar mais cedo.
As vantagens do horário de verão vêm acompanhadas de bocejos, cansaço, falta de concentração e outros sintomas que algumas noites mal dormidas podem provocar no corpo humano.
Na tarde de ontem a equipe do Diário do Noroeste foi às ruas de Paranavaí para perguntar o que as pessoas acham da mudança de horário e se já estão adaptadas, após poucos dias.
Aline Soares Rossel, 16 anos, estudante. “É ruim ter que acordar muito cedo. O horário de verão não é apropriado. Chego à escola cansada, perco a concentração e tenho dificuldade para aprender”
Edson Raimundo, 46 anos, vigilante. “Até acostumar é difícil. A gente dorme mais tarde e acorda mais cedo, mas depois de uma semana o corpo começa a se adaptar, aí não tem mais problemas”
Benedito Barbosa, 71 anos, pipoqueiro. “Não tenho dificuldade nenhuma para acordar. Acho que o horário de verão não atrapalha em nada, porque posso acordar todo dia às 10 horas (risos)”
Elheomar Pereira Machado, 26 anos, vendedor. “A primeira semana é mais difícil, porque a gente tem que se adaptar biologicamente. Mas no fim de semana não tem horário melhor para descansar”
Franciele Silva de Souza, 24 anos, secretária. “Não gosto, porque o dia demora mais para passar. E quando nosso corpo está se acostumando com a mudança, volta para o horário anterior”
O horário de verão e a economia
Segundo informações da assessoria de imprensa da Copel, a principal finalidade do horário de verão é distribuir de maneira mais racional a elevação da demanda de consumo nas diversas classes consumidoras durante o horário de ponto. Isso alivia as condições de operação das instalações elétricas, entre as quais usinas geradoras, subestações e linhas de transmissão.
A economia chega a 215 megawatts de potência no sistema elétrico estadual durante as horas de maior consumo simultâneo. Este valor corresponde à demanda máxima da Região Metropolitana de Londrina ou duas vezes o consumo em todo o litoral durante o verão. Vale destacar que o horário de verão termina no dia 17 de fevereiro de 2013, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora.