Se fase fosse boa, eu não estaria aqui, diz Kleina

ITU – Boné encravado na cabeça, bermuda azul, barriguinha protuberante. O visual e o porte físico parecidos com os dos auxiliares que trouxe da Ponte Preta torna difícil a tarefa de reconhecer no campo quem é Gilson Kleina.
O novo treinador do Palmeiras sabe que não tem um rosto famoso. E que até por isso não poderia recusar o convite para dirigir o time.
Salvar do rebaixamento em 13 rodadas uma equipe grande que está oito pontos abaixo da linha de corte de ficar na primeira divisão é o desafio para alavancar o técnico que em dez anos só conquistou um título, do Alagoano.
"A oportunidade que estou tendo é ímpar", disse Kleina para um batalhão de jornalistas incomum para quem nunca havia estado num dos 12 maiores clubes do Brasil.
"Se o momento fosse melhor, tenho certeza de que não seria eu que estaria no comando do time”.
Por cerca de 40 minutos, o ex-técnico da Ponte expôs os planos para salvar o Palmeiras de repetir o vexame da queda de dez anos atrás.
Um projeto que, segundo ele, passa por se cercar de gente de confiança (chegaram com ele dois auxiliares, um preparador físico e um preparador de goleiros) e trazer os ânimos dos jogadores de volta ao normal.
Para acabar com a ansiedade que identificou logo no seu primeiro treino, ontem, valem todas as estratégias.
Como amparar Juninho depois de um erro bobo de domínio de bola com um "você joga para c…”. ou manter a base da equipe.
Sábado, contra o Figueirense, o Palmeiras terá três volantes e boa parte dos titulares de Scolari. Maikon Leite e Daniel Carvalho, que caíram em desgraça com o ex-técnico, podem jogar. "Se mexer muito, não acha formação ideal", disse Kleina.