Preso acusado de estuprar enteada

Um homem de 31 anos foi preso ontem em Paraíso do Norte acusado de manter relações sexuais com a enteada de apenas dez anos, crime tipificado como estupro de vulnerável. Até a tarde ele não tinha prestado depoimento e, durante a detenção, preferiu ficar em silêncio.
O delegado de Paraíso do Norte, Renato Lacroix Leal, informou ao Diário do Noroeste que a mãe da garota viveu maritalmente com o suspeito por três anos. Ela se separou em outubro, quando soube que o convivente molestava a filha.
No mês passado, a mulher registrou duas queixas contra o ex-companheiro. A primeira pela violência sexual e outra por ameaça de morte. A ameaça seria uma tentativa de manter a família em silêncio, ou seja, não ser denunciado.
A estratégia não deu certo e o inquérito mostrou que o homem abusou da menina. A criança prestou declarações para a equipe de assistência social, na chamada escuta especializada. Ela narra detalhes dos abusos diversos, mas descarta que tenha havido conjunção carnaval.
Com a história apurada e indícios coletados, o delegado pediu a prisão preventiva do agora ex-padrasto, concedida pelo Poder Judiciário. O mandado foi cumprido ontem pela manhã, ficando o homem à disposição da Justiça.
CASO RECENTE NA REGIÃO – Embora repugnante qualquer abuso sexual, o caso está longe de ser inédito no Brasil e mesmo na região Noroeste do Paraná.
No dia 21 de novembro, a Polícia Civil de Paranacity prendeu em Rolândia, no Norte do Estado (região metropolitana de Londrina), um homem de 38 anos, que é morador em Inajá (a 62 km de Paranavaí), acusado de estuprar a enteada, hoje com 15 anos. Conforme a denúncia, a violência acontecia desde que a menina tinha 12 anos.
O delegado de Paranacity, Juliano de Jesus Tamos, confirmou a história ao DN naquele dia. Detalhou que o crime foi denunciado pela vítima e seus familiares no mês de outubro. Então, investigações e o consequente exame de conjunção carnal pelo IML (Instituto Médico Legal) confirmaram que houve relações sexuais.
Uma vez atribuído o ato ao padrasto, ficou configurado o estupro de vulnerável, resultando em mandado de prisão preventiva concedido pelo Poder Judiciário.  
O abuso se repetia com frequência há cerca de três anos, perdurando até a denúncia, revelou a vítima durante a apuração dos fatos.