Presidente do Atlético-MG na bronca com o Palmeiras

BELO HORIZONTE – O presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, “reclamou” da dura concorrência financeira que os clubes brasileiros enfrentam, incluindo o Galo, quando em tem de disputar algum jogador com o Palmeiras.
O poderio financeiro do clube paulista, a vencedor de três torneios nacionais nos últimos três anos, Copa do Brasil (2015), Brasileiro (2016 e 2018), tem impedido que outras equipes consigam buscar jovens revelações para reforçar seus elencos.
Sette Câmara citou dois casos. Segundo o dirigente atleticano, o Galo tentou contratar o meia Zé Rafael, do Bahia, e o atacante Arthur Cabral, que jogou pelo Ceará em 2018. Os dois jogadores foram para o Palmeiras, não dando qualquer chance de virem para Minas Gerais.
“Nós estivemos perto de contratar o Arthur, do Ceará. Achei que seria interessante. O Palmeiras foi lá e contratou. Olhamos também para o Zé Rafael do Bahia. Eu tinha vontade de trazer. Quando foi tentar contratar, mas o Bahia pediu um valor exorbitante e quem foi pagar foi o Palmeiras. Tentamos negociar, mas falaram que o Palmeiras tinha oferecido o nosso valor mais x”, disse o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.
O presidente do Galo diz que para diminuir essa disparidade financeira, seria necessário criar um “fair play” financeiro no Brasil, nos moldes europeus, para impedir que um clube gaste acima de um teto pré-estabelecido. Se isso acontecer, o clube pode ser punido e ficar de fora de competições continentais.
“Está faltando aqui no Brasil alguma regulamentação, como o fair play financeiro. Estamos num momento em que eu tenho procurado alguns reforços. Você bate na porta de algum jogador e quando você está, está lá o Palmeiras. Tentei contratar, mas ficou impossível”, explicou.
Sérgio Sette Câmara inicia seu segundo ano de mandato pelo clube e busca uma temporada melhor do que a de 2018, mesmo com a vaga na fase preliminar da Libertadores de 2019. O clube ficou em sexto no Brasileiro, foi eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana, além de perder o Campeonato Mineiro para o Cruzeiro. (por Valinor Conteúdo, do Lance)