Otimismo de empresários cresce em agosto, mas é menor que em 2011

Após forte queda em julho em relação a junho, a confiança do empresário cresceu 1,2 ponto em agosto sobre o mês anterior e atingiu 54,4 pontos, divulgou nesta quinta a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), indicador da CNI que mede o humor do setor, vai de zero a cem pontos –e valores acima de 50 indicam melhor condição ou expectativa otimista do empresariado industrial.
Mesmo com o aumento, o otimismo da indústria ainda está 1,8 ponto abaixo dos 56,2 registrados em agosto do ano passado e 5 pontos da média histórica (59,5) do indicador.
Segundo a CNI, o aumento do otimismo dos empresários de um mês para o outro não assegura mudança na trajetória de queda do índice, que vem ocorrendo desde o início de 2010. Em janeiro daquele ano, o índice era de 68,5 pontos.
Para o futuro, a expectativa dos empresários continua positiva. A perspectiva para os próximos seis meses cresceu 0,7 ponto, para 58,7 pontos.
Otimismo no Nordeste
A confiança em agosto ante julho subiu para o empresariado de todos os portes de indústrias e de praticamente todas as regiões, com exceção do Nordeste.
Apesar de o indicador ter ficado estável em agosto no Nordeste (57,7 pontos), a região é a mais otimista do país. Na sequência vem Centro-Oeste (56,6), Norte (55,1), Sudeste (52,8) e Sul (51,6).
Por porte da indústria, os grandes empresários são os mais otimistas (55,0 pontos), seguidos pelos médios (54,0) e pelos pequenos (53,8).

Por setor industrial
Entre os segmentos industriais, houve alta do otimismo na indústria de transformação (de 52,4 para 53,7 pontos) e na de construção (de 55,2 para 56,1 pontos), mas queda na expectativa da indústria extrativa (de 57,1 para 54,1 pontos).
Dos 28 setores da indústria de transformação pesquisados, o madeireiro e o de manutenção e reparação registraram falta de confiança, com índices abaixo de 50 pontos –49,6 e 44,1 pontos, respectivamente.