Defesa de ex-assessora cobra “choque de serenidade” no STF
BRASÍLIA (Folhapress) – A defesa da ex-chefe de gabinete do ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), Anita Leocádia, cobrou ontem um "choque de serenidade" na análise do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o advogado de Leocádia, Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, a acusação de que ela teria praticado lavagem de dinheiro "não existe a um olhar sereno". A defesa da ex-assessora foi apresentada durante o nono dia de julgamento no Supremo.
Ao criticar o Ministério Público pela denúncia contra sua cliente, o advogado citou música "O Tempo não Para", famosa na interpretação de Cazuza. "A sua piscina está cheia de ratos, as suas ideias não correspondem aos fatos, o tempo não para".
A ex-chefe de gabinete é acusada de lavagem de dinheiro por ter sacado R$ 620 mil do valerioduto para o parlamentar. "Ela não sabia dos empréstimos, não sabia que o dinheiro vinha de um contrato frio, quente ou gelado do PT", disse o advogado.
"Precisamos aqui de um choque de serenidade. De uma bomba que produza calma e jurisprudência. Essa denúncia não existe a um olhar sereno e jurisprudente. Eu tenho confiança na Suprema Corte", afirmou.
Segundo o advogado, Leocádia não teria como saber do sistema de compra de votos do governo Lula apontado na denúncia da Procuradoria Geral da República.
"Era crível que Anita soubesse de tudo que estamos falando aqui? É obvio que ela não tinha condições de conhecer os crimes antecedentes. Ela não sabia que existia esse batalhão de 100 pessoas fazendo esses saques", disse. "O dinheiro foi para pagar dívida de campanha mesmo, não houve lavagem", completou.
Mota disse que o Ministério Público Federal não conseguiu comprovar nenhuma conduta irregular de sua cliente. "Ela estava cumprindo ordem superior que demandava o pagamento de uma conta. O assessor não era crível, inteligível, razoável que Anita conhecesse essa informação", afirmou.
Para a defesa, a Procuradoria Geral da República produziu uma prova a favor ao destacar que ela foi ao banco para pagar os fornecedores com o dinheiro.
O advogado questionou os critérios da denúncia. "Quem tem a cara mais deslavada? A pessoa que entrega dinheiro para uma conta existente ou a pessoa que entrega para um deputado federal?", questionou.
"Ela fez, simplesmente, sacar um dinheiro, e pagar uma conta. Sacar dinheiro, e pagar uma conta", disse.
Mota citou entrevista do delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha, que investigou de 2005 a 2011 a existência do mensalão, para defender a falta de provas contra Anita.
No início da argumentação, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e o colega Marco Aurélio Mello repreenderam Mota, que citou a ausência do relator do mensalão Joaquim Barbosa no plenário. Os ministros lembraram que Barbosa, que tem problema crônico no quadril, estava numa sala ao lado, acompanhando a sessão em uma televisão.
Após a crítica, o relator retornou imediatamente ao plenário, mas não se manifestou. Ele ficou em pé boa parte da fala. Ao longo das reuniões, Barbosa tem se retirado do plenário para tratamento de fisioterapia.
Segundo o advogado de Leocádia, Luís Maximiliano Leal Telesca Mota, a acusação de que ela teria praticado lavagem de dinheiro "não existe a um olhar sereno". A defesa da ex-assessora foi apresentada durante o nono dia de julgamento no Supremo.
Ao criticar o Ministério Público pela denúncia contra sua cliente, o advogado citou música "O Tempo não Para", famosa na interpretação de Cazuza. "A sua piscina está cheia de ratos, as suas ideias não correspondem aos fatos, o tempo não para".
A ex-chefe de gabinete é acusada de lavagem de dinheiro por ter sacado R$ 620 mil do valerioduto para o parlamentar. "Ela não sabia dos empréstimos, não sabia que o dinheiro vinha de um contrato frio, quente ou gelado do PT", disse o advogado.
"Precisamos aqui de um choque de serenidade. De uma bomba que produza calma e jurisprudência. Essa denúncia não existe a um olhar sereno e jurisprudente. Eu tenho confiança na Suprema Corte", afirmou.
Segundo o advogado, Leocádia não teria como saber do sistema de compra de votos do governo Lula apontado na denúncia da Procuradoria Geral da República.
"Era crível que Anita soubesse de tudo que estamos falando aqui? É obvio que ela não tinha condições de conhecer os crimes antecedentes. Ela não sabia que existia esse batalhão de 100 pessoas fazendo esses saques", disse. "O dinheiro foi para pagar dívida de campanha mesmo, não houve lavagem", completou.
Mota disse que o Ministério Público Federal não conseguiu comprovar nenhuma conduta irregular de sua cliente. "Ela estava cumprindo ordem superior que demandava o pagamento de uma conta. O assessor não era crível, inteligível, razoável que Anita conhecesse essa informação", afirmou.
Para a defesa, a Procuradoria Geral da República produziu uma prova a favor ao destacar que ela foi ao banco para pagar os fornecedores com o dinheiro.
O advogado questionou os critérios da denúncia. "Quem tem a cara mais deslavada? A pessoa que entrega dinheiro para uma conta existente ou a pessoa que entrega para um deputado federal?", questionou.
"Ela fez, simplesmente, sacar um dinheiro, e pagar uma conta. Sacar dinheiro, e pagar uma conta", disse.
Mota citou entrevista do delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha, que investigou de 2005 a 2011 a existência do mensalão, para defender a falta de provas contra Anita.
No início da argumentação, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e o colega Marco Aurélio Mello repreenderam Mota, que citou a ausência do relator do mensalão Joaquim Barbosa no plenário. Os ministros lembraram que Barbosa, que tem problema crônico no quadril, estava numa sala ao lado, acompanhando a sessão em uma televisão.
Após a crítica, o relator retornou imediatamente ao plenário, mas não se manifestou. Ele ficou em pé boa parte da fala. Ao longo das reuniões, Barbosa tem se retirado do plenário para tratamento de fisioterapia.