Maioria de candidatos em Paranavaí tem escolaridade média e superior

Paranavaí já foi um município em que a Câmara Municipal foi alvo de deboche pelo número de vereadores com pouca escolaridade, ao mesmo tempo em que tinha outros, com formação superior, que provocavam e dominavam completamente os debates, mais do que atualmente. Abaixa escolaridade tem sido criticada no decorrer dos tempos, como consequência do baixo nível dos debates, raríssimos projetos de significância voltados para a comunidade e a visível submissão ao Executivo, de onde acabam partindo os projetos de maior interesse administrativo. É suficiente um levantamento sobre as propostas para verificar que, ao longo do tempo, foram priorizadas aquelas que tratam de denominação de ruas, logradouros públicos ou títulos honoríficos a pessoas que, entre aquelas que são meritórias, foram homenageadas outras por motivos meramente pessoais.
Assim foi, assim é e assim será, pois o próprio eleitor, que tem o poder de fazer as mudanças – votar para eleger pessoas esclarecidas, votar em idéias debatidas, comprovadas como válidas para o desenvolvimento da comunidade ou algo do gênero – geralmente não vota nas idéias ou nas propostas, mas no amigo ou ao candidato a quem deve um favor, mal sabendo que isto acaba custando caro para o município e para o cidadão.
O grau de instrução dos candidatos sempre é debatido em época de eleição mas, na hora de comparecer à urna, poucas vezes é levado em consideração. O caso sempre está na pauta dos cientistas políticos.

GRAU DE INSTRUÇÃO
Em Paranavaí são 125 candidatos inscritos, quatro já apresentaram renúncia e não querem ser candidatos. Outros ainda devem se retirar da disputa. O motivo é que tiveram seus nomes colocados apenas para preencher a cota de cada partido. Mesmo assim, considerando-se os 125 iniciais, pode-se dizer que o grau de instrução dos inscritos é muito bom. Nada menos que 45 do total se definiram com grau superior completo e 41 com ensino médio completo, num total de 86 candidatos. Depois aparecem 6 com ensino médio incompleto; 21 com ensino fundamental completo e 10 com ensino fundamental incompleto. Apenas um entre os 125 se definiu como quem sabe ler e escrever, ou seja, não concluiu nem as séries iniciais.
Entre os candidatos, 10 se apresentam como professores; 5 militares; 5 da área de saúde; 3 advogados, 2 de movimentos religiosos, 1 médico; 16 são classificados como outras profissões; 3 motoristas; 3 como administrador; 2 como vendedor do comércio varejista; 6 aposentados; 2 como contador; 3 comerciário; 2 comerciante; 6 como agricultor; 2 como locutor de rádio; 1 como cantor e compositor; 1 mecânico; 6 como empresário; 1 como operador de computador; 2 como dona de casa; 6 como servidor público municipal, 3 como servidor público estadual; 1 como servidor público federal; 4 cabeleireiro e barbeiro; 1 esteticista; 2 como estudante bolsista estagiário; 1 como músico; 2 como empregado doméstico; 1 como desenhista; 1 como eletricista e assemelhados; 1 como artesão; 2 como auxiliar de escritório e assemelhados; 1 como vigilante, 2 como trabalhador da construção civil; 1 como industrial; 4 como vereador.

ELEITORES: maioria analfabetos
O Tribunal Regional Eleitoral está disponibilizando em seu “site” estatística do eleitorado do Paraná e um dado que chama a atenção é o número de eleitores analfabetos.
Dos 7.727.727 eleitores paranaenses, 285.227 são analfabetos. Os eleitores com ensino fundamental incompleto são maioria: 2.493.504. Os que têm ensino superior completo somam 509.929.
As mulheres são maioria no eleitorado paranaense – 3.002.049; os homens são 3.729.260.
A maioria é solteiro – 4.378.129. Os casados somam 2.930.610.
O maior eleitorado está concentrado na faixa etária dos 45 a 59 anos: 1.900.168; depois entre 25 a 34 anos: 1.719.065. São 1.549.487 eleitores na faixa entre 35 a 44 anos. Os jovens (16 e 17 anos) somam 144.203; e os eleitores com mais de 70 anos somam 354.936.