Sob pressão da NBA, Dream Team joga amanhã

Os Jogos de Londres podem marcar o fim do time dos sonhos dos Estados Unidos, que fez história no torneio masculino de basquete. Justamente quando se completam 20 anos da primeira edição do Dream Team, com os astros da NBA, a liga pressiona para que eles não disputem outra Olimpíada.

David Stern, comissário -chefe da NBA- não tem mais a intenção de ceder atletas de seu campeonato para a seleção. A ideia vem após uma temporada desgastante na liga, achatada pelo locaute (greve dos patrões), que atrasou o início do torneio.

E que provocou a dispensa de dois astros do time olímpico por conta de lesões: o armador Dwyane Wade, do Miami Heat, e o pivô Dwight Howard, do Orlando Magic.

Wade, a propósito, até reclamou que deveria ser pago para disputar a Olimpíada.

Stern deseja que o "USA Basketball", como é chamada a seleção dos Estados Unidos, seja composta apenas por atletas sub-23, como no torneio de futebol olímpico.

Ele acredita que a Olimpíada atrapalha as férias dos astros que fazem a NBA.

Publicamente, os jogadores que vieram a Londres, se mostraram contrários à ideia.

"Não é apenas importante para mim estar aqui em Londres. É também um grande privilégio. Há vários jogadores da NBA, mas há poucos atletas olímpicos", disse o armador Chris Paul, do Los Angeles Clippers.

Os Estados Unidos estão no Grupo A e estreiam amanhã, contra a França, às 10h15. Argentina, Tunísia, Nigéria e Lituânia serão os outros rivais na primeira fase.