Casos de raiva em rebanhos da região não causaram prejuízos comerciais

No final de janeiro, dois casos de raiva em rebanhos bovinos do Noroeste do Paraná foram confirmados pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar): um em Tapira e outro em Porto Rico. Todas as medidas de segurança foram tomadas para impedir o avanço da doença, não havendo prejuízos comerciais para os produtores.
Supervisor regional da Adapar em Paranavaí, Carlos Costa Junior explicou que a raiva não é endêmica nos municípios da região, por isso, não existe necessidade de fazer a imunização frequente dos animais. A medida é tomada somente quando a doença é detectada.
Costa Junior explicou que todos os rebanhos bovinos num raio de 12 quilômetros do foco devem ser vacinados. Essa é a distância que o morcego, transmissor da doença, pode percorrer. Segundo ele, desde a confirmação dos dois casos, quase todos os animais em propriedades nos perímetros delimitados já foram imunizados.
Ele disse que a medida de segurança evitou que outros animais contraíssem a raiva. Mais do que isso, a proteção dos rebanhos garante que não seja transmitida para seres humanos e outros mamíferos. O vírus é transportado por morcegos hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue. Mas o contágio só ocorre se estiver infectado.
No ano passado, a Adapar identificou casos de raiva em diferentes propriedades do Noroeste do Paraná, em Santa Mônica, Planaltina do Paraná e Querência do Norte. Segundo o supervisor regional, são mais comuns em cidades próximas aos rios, porque os morcegos costumam habitar a mata dos barrancos.