Calor e ar seco provocam problemas respiratórios
REINALDO SILVA
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De maio a agosto do ano passado, o Pronto Atendimento Municipal de Paranavaí realizou 18.274 atendimentos. No mesmo período de 2019, agora na nova Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA), o número passou para 22.003.
A diretora Simone Baggio disse que a situação não pode ser atribuída exclusivamente aos efeitos provocados pelas altas temperaturas e pela baixa umidade relativa do ar. Mesmo assim, afirmou que grande parte dos pacientes que procuram atendimento apresenta “queixas relacionadas às vias aéreas superiores”.
O índice de umidade considerado ideal para a saúde humana varia de 50% a 80%. Nas últimas semanas, o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) chegou a registrar de 15% a 20%. O resultado pode ser o ressecamento das vias aéreas, o que favorece a intensificação de problemas respiratórios.
Além das manifestações alérgicas, como rinite e sinusite, é comum haver sangramentos no nariz e irritações na garganta. Também entram na lista de problemas o ressecamento da pele e a ardência nos olhos.
Algumas práticas diárias ajudam a combater os efeitos da baixa umidade relativa do ar sobre o organismo. As medidas incluem o consumo frequente de água, a ingestão de alimentos saudáveis e com baixo teor de gordura, a utilização de panos úmidos para a limpeza do ambiente e o uso de bacias e recipientes com água.
UPA ou UBS? – De acordo com Simone Baggio, algumas reações provocadas pelas condições do tempo devem ser verificadas na Unidade Básica de Saúde (UBS). Exemplos: tosse, reações alérgicas, estados gripais, febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo, tonturas, vômito e diarreia, verificação de pressão arterial e consultas de rotina.
Já a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas é destinada a casos de maior gravidade, tais como acidentes de trânsito ou de trabalho, sutura e hemorragia, dificuldade respiratória grave, dor forte acompanhada de febre alta, trauma craniano e fratura.