Noroeste do Paraná em estado de alerta quanto à febre amarela

REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
O Paraná está em alerta em relação à febre amarela. De 1º de julho de 2018 a 1º de julho de 2019, foram registrados 17 casos da doença e uma morte, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). 
O apelo da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí é que todos os municípios estejam preparados para o avanço da doença. Isso deve ser feito a partir de algumas medidas preventivas, como o incentivo à vacinação. É preciso fazer busca ativa e identificar as pessoas que ainda não foram imunizadas.
As equipes municipais também precisam estar prontas para fazer o diagnóstico e prestar os devidos cuidados médicos. Paralelamente, aumentar os trabalhos de vigilância ambiental, verificando se há indícios de febre amarela entre a população de macacos.
A Sesa explica que os macacos não transmitem a febre amarela. São vítimas da doença tanto quanto os seres humanos. Por isso, a morte desses animais é um sinalizador da presença do vírus na região. 
Na semana passada, amostra sanguínea de um macaco morto do Noroeste do Paraná foi enviada a Curitiba para análise laboratorial. O caso está sendo investigado. De acordo com a 14ª Regional de Saúde, ainda não foram notificados casos em seres humanos nos municípios da região.
VACINAÇÃO – Uma dose da vacina garante proteção para a vida toda. A orientação é que as pessoas que não foram imunizadas se dirijam à unidade básica de saúde para receber a proteção contra a febre amarela. Quem não sabe se já tomou a vacina também deve ir à UBS mais próxima de casa para verificar qual é a situação vacinal.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a dose deve ser aplicada a partir dos nove meses de idade. Em zonas endêmicas, de transmissão e de risco, é necessário fazer o reforço a cada dez anos. Quem se desloca para essas áreas também precisa reforçar a vacinação. 
SINTOMAS – Os primeiros sinais incluem febre súbita, calafrios, dores de cabeça, nas costas e no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após essas manifestações iniciais, mas 15% dos casos desenvolvem uma fase mais grave.
Nos casos mais graves, podem aparecer febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. O índice de mortalidade é de 20% a 50%.