Estiagem afeta colheita de mandioca e pode comprometer pastagens
REINALDO SILVA
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A última precipitação registrada em Paranavaí pelo Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) foi no dia 15 de julho, 4,8 milímetros. Já são quase 30 dias de estiagem, situação que dificulta o arranquio de mandioca e pode prejudicar as pastagens.
Chefe do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), Ênio Luiz Debarba, informou que o solo duro e seco gera perdas na colheita da mandioca e deixa o processo mais lento. Por isso, muitos produtores suspenderam o arranquio.
A falta de chuva também compromete as pastagens, que passam agora pelo período de descanso vegetativo. O tempo seco pode resultar em dificuldades para o crescimento saudável a partir dos próximos meses.
Debarba também chamou a atenção para os riscos de queimadas, elevados por causa dos ventos fortes característicos desta época do ano. E acrescentou: “Estamos precisando de chuva. A pouca umidade baixa os níveis dos lençóis freáticos e dos rios” e mexe com toda a cadeia produtiva agropecuária.
De acordo com o meteorologista Fernando Mendonça, o mês de agosto é marcado por poucas chuvas. A média histórica para o mês é de 60 milímetros. Neste ano, porém, as condições climáticas têm dificultado ainda mais a formação de nuvens de chuva.
Ele explicou que uma massa de ar quente tem predominado sobre a região central do país, influenciando o tempo em diferentes estados, inclusive o Paraná. Com isso, as frentes frias que poderiam gerar precipitação se deslocam rapidamente para o oceano.
Mas é preciso considerar, ainda, que o Noroeste do Paraná tem recebido pouca chuva desde abril. Em maio, por exemplo, foram apenas 43 milímetros de precipitação. Em junho, 8,7 milímetros. Em julho, 42 milímetros.
A previsão do tempo (www.simepar.br) descarta possibilidades de chuva pelo menos até o dia 27 de agosto. Ao longo desta semana, a maior parte dos dias será de céu claro e temperaturas variando de 13 a 31 graus.