Vacinação contra a gripe termina amanhã. Municípios da região não têm mais doses

REINALDO SILVA
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Desde o início do ano, o Paraná registrou 212 casos de gripe do tipo Influenza, com 51 mortes. Desse total, 45 óbitos foram provocados pelo vírus A (H1N1), cinco tiveram como causa o vírus A (H3) e um, o B Vitoria. 
Os números foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De acordo com o relatório, Paranavaí contabilizou oito notificações de pacientes com sintomas graves de gripe do tipo Influenza. Quatro pessoas morreram.
Para evitar situações como essas, o Ministério da Saúde (MS) prolongou a campanha de vacinação e abriu a distribuição de doses para o público geral. A nova estratégia de imunização teve início no dia 3 de junho e será concluída nesta sexta-feira (14).
Nos municípios do Noroeste do Paraná não há mais estoque de vacinas contra a gripe. Na maioria das unidades de saúde as doses terminaram no mesmo dia 3 de junho. Em Paranavaí, as últimas foram aplicadas no dia 4 de junho.
Ao longo da campanha de vacinação, alguns grupos foram classificados como prioritários: crianças, gestantes, puérperas, profissionais da área da saúde, professores, idosos e pacientes com doenças crônicas.
A meta estipulada pelo MS era imunizar pelo menos 90% de cada um, mas nem todos os municípios conseguiram alcançar esse objetivo. Com isso, os resultados finais ficaram comprometidos em quatro cidades da região.
Paranavaí alcançou média de 83,07% de alcance vacinal. Os grupos que ficaram abaixo dos 90% estabelecidos pelo MS como percentual mínimo foram o de gestantes, com cobertura de 83,07%, e o de pacientes com comorbidades, 46,55%.
A média de imunização entre o público específico de Inajá foi de 88,36%. Entre as crianças, o índice ficou em 83,33%. No grupo dos idosos, o alcance foi de 87,56%. Já em relação às pessoas com doenças crônicas, foram 79,06%.
Em Paranapoema, com média de 88,62%, os índices de vacinação ficaram abaixo do esperado nos seguintes grupos: crianças (86,88%), gestantes (82,76%), puérperas (60%), pacientes com comorbidades (77,1%) e professores (88,46%).
Outro município com cobertura menor do que 90% foi Amaporã. Os grupos prioritários que contribuíram para esse resultado foram as crianças, com 82,46%, as gestantes, com 89,23%, e as pessoas com doenças crônicas, 79,48% de alcance vacinal.
Segundo informações da 14ª Regional de Saúde, apesar dos índices abaixo da meta, não haverá reposição dos estoques de vacinas.