Paranavaí registra evolução em educação, longevidade e renda

SAUL BOGONI
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Dados divulgados no último dia 16 de abril relativos a 2017 mostram que Paranavaí vem evoluindo a cada avaliação no registro de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. O principal item se refere a educação, seguido de longevidade e renda. 
O IDHM passou de 0,692 em 2000 para 0,763 em 2010 – uma taxa de crescimento de 10,26%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 76,95% entre 2000 e 2010. 
Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,113), seguida por Renda e por Longevidade.
O IDHM passou de 0,558 em 1991 para 0,692 em 2000 – uma taxa de crescimento de 24,01%. O hiato de desenvolvimento humano foi reduzido em 69,68% entre 1991 e 2000. Nesse período, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,220), seguida por Longevidade e por Renda.
De 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,558, em 1991, para 0,763, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,507 para 0,749. 
Isso implica em uma taxa de crescimento de 36,74% para o município e 47% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 53,62% para o município e 53,85% para a UF. No município, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,333), seguida por Longevidade e por Renda.
Na UF, por sua vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,358), seguida por Longevidade e por Renda.
Paranavaí ocupa a 320ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros, segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul-SP) e o menor é 0,418 (Melgaço-PA).
Entre 2000 e 2010, a população de Paranavaí cresceu a uma taxa média anual de 0,75%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 92,84% para 95,27%. Em 2010 viviam, no município, 81.590 pessoas. Atualmente são 87.850. 
Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 0,71%. Na UF, esta taxa foi de 1,39%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 90,57% para 92,84%.
A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município passou de 20,4 óbitos por mil nascidos vivos, em 2000, para 11,9 óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 28,5. 
Já na UF, a taxa era de 13,1, em 2010, de 20,3, em 2000 e 38,7, em 1991. Entre 2000 e 2010, a taxa de mortalidade infantil no país caiu de 30,6 óbitos por mil nascidos vivos para 16,7 óbitos por mil nascidos vivos. Em 1991, essa taxa era de 44,7 óbitos por mil nascidos vivos.
Com a taxa observada em 2010, o Brasil cumpre uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, segundo a qual a mortalidade infantil no país deve estar abaixo de 17,9 óbitos por mil em 2015.
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,5 anos na última década, passando de 73,2 anos, em 2000, para 75,6 anos, em 2010. 
Em 1991, era de 68,6 anos. No Brasil, a esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos em 1991.
No município, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,56%, em 2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 90,43%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 71,88%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 52,31%. 
Entre 1991 e 2010, essas proporções aumentaram, respectivamente, em 52,70 pontos percentuais, 26,18 pontos percentuais, 40,52 pontos percentuais e 33,93 pontos percentuais.
Em 2010, 90,27% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 90,33% e, em 1991, 80,62%.
A renda per capita média de Paranavaí cresceu 88,56% nas últimas duas décadas, passando de R$ 452,20, em 1991, para R$ 617,56, em 2000, e para R$ 852,66, em 2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,39%. 
A taxa média anual de crescimento foi de 3,52%, entre 1991 e 2000, e 3,28%, entre 2000 e 2010. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 24,43%, em 1991, para 14,39%, em 2000, e para 3,79%, em 2010. 
A evolução da desigualdade de renda nesses dois períodos pode ser descrita através do Índice de Gini, que passou de 0,56, em 1991, para 0,56, em 2000, e para 0,48, em 2010.
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 67,06% em 2000 para 70,14% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 11,20% em 2000 para 5,57% em 2010.
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 11,68% trabalhavam no setor agropecuário, 0,07% na indústria extrativa, 12,84% na indústria de transformação, 9,08% no setor de construção, 0,87% nos setores de utilidade pública, 19,25% no comércio e 43,23% no setor de serviços (SB).