Pierin defende união da categoria para garantir a sobrevivência do produtor rural

Ao discursar na solenidade em que foi reconduzido à presidência do Sindicato Rural de Paranavaí, na sexta-feira à noite, o agroindustrial Ivo Pierin Júnior defendeu a união dos produtores rurais.
“Precisamos estar fortes e unidos na defesa do direito à propriedade; para continuar o trabalho de proteção do meio ambiente, porém atentos e nos defendendo dos altos custos que querem que assumamos sozinhos; para reivindicar o financiamento da nossa atividade com uma taxa de juro diferenciada; para brigar por preços mínimos justos que cubram os custos de produção e garantam a sobrevivência do produtor; enfim vamos nos juntar em torno dos nossos interesses”, disse ele.
“Conheço o valor do agricultor e tenho certeza que todos trabalharão para deixar o nosso sistema ainda mais robusto”, complementou Pierin Júnior, que tomou posse para mais um mandato de três anos.
A cerimônia aconteceu no Recinto Felício Jorge, no Parque de Exposições Costa e Silva, logo após a assembleia geral que aprovou o valor da anuidade e o orçamento da entidade para o ano que vem e os novos associados.
Lideranças do Sistema FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), produtores rurais e líderes do agronegócio prestigiaram a cerimônia.
Pierin lembrou dos tempos difíceis em que o setor foi obrigado a bloquear rodovias, fechar agências bancárias e “e tomar outras atitudes mais radicais, contrariando perfil pacato do produtor rural, para pode fazer valer nossos direitos. Foram muitas e homéricas lutas. Mas valeram a pena”, recordou.
Agora, disse ele, “um novo desafio se apresenta aos produtores rurais” e para vencê-lo “precisamos mudar a postura, acreditar em nossa atividade e sobretudo na força do companheirismo, do cooperativismo e do associativismo”.
Pierin se referia ao fim da obrigatoriedade da contribuição sindical. “Sem esta fonte de renda, o nosso sistema, que envolve os sindicatos rurais, as federações estaduais da agricultura, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária e o Senar, está com sua sobrevivência ameaçada”, advertiu, lembrando que, de outro lado, “infelizmente, os chamados movimentos sociais, que, apesar da denominação, tem por vezes atitudes e posturas que contrariam os nossos interesses e até criminosas, continuam sendo financiados e se fortalecem, colocando em risco, inclusive, o sagrado direito a propriedade”.
O presidente lamentou que “a maioria dos produtores rurais ainda não está filiada ao seu sindicato, que, mesmo assim, na defesa da categoria, não faz essa distinção. Também é de se lamentar que ainda temos um grande número de produtores que não perceberam que nossa estrutura sindical é fundamental para a sobrevivência e o fortalecimento da categoria”.
Diante desse quadro, Pierin Júnior fez um desafio: “vamos buscar novos companheiros para nosso sindicato, vamos conversar com eles, explicar a importância de estarmos unidos, leva-los às reuniões e atrai-los para o nosso lado. (…) Vamos juntos, unidos e atuando de forma respeitosa e transparente, levar a atividade rural ao nível que ela merece”, finalizou.