Dante Júnior defende retomada dos valores familiares no combate às drogas

Embora a sociedade local tenha iniciado há quase cinco anos uma mobilização para organizar a rede de combate e prevenção às drogas, somente nesta sexta-feira (dia 30) conseguiu realizar “este grande debate” em torno do assunto.
A revelação é do presidente da Comissão Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas (Comud), Dante Ramos Júnior, e foi feita na abertura do 1º Fórum Municipal de Políticas sobre Drogas, no auditório da Associação Comercial.
A promotora Suzi Mara de Oliveira, que provocou a mobilização em 2013, disse que nos últimos anos foi perceptível o combate por parte da Polícia, mas ainda há muito o que fazer, até porque o problema deixou de se limitar a jovens e adolescentes e agora atinge uma classe de faixa etária maior.
A meta do Fórum é reunir todos os atores envolvidos na rede para discutir o que fazer para melhorar o atendimento e trabalhar situações emergenciais.
Ramos Júnior lamentou que “ainda não temos políticas públicas sobre drogas”, embora haja pequenas estruturas nos três níveis de governo. Mas novamente tudo será reiniciado. “Infelizmente, em nosso país, o que interessa é o que o governante pensa e não a política pública existente”, reclamou
O presidente do Comud destacou a importância dos assuntos, com destaque para a atuação das chamadas comunidades terapêuticas, o trabalho em rede e “como vamos trabalhar e nos comprometer” com esta questão.
Ele voltou a defender a necessidade de retomar os valores familiares e éticos, o trabalho conjunto do setor público e de voluntários e o exercício da cidadania como ferramentas para o trabalho de prevenção às drogas.
Os demais oradores que se seguiram, o secretário municipal de Esportes, Rafael Octaviano, a promotora Suzi Mara, o vereador Lucas Barone, a secretária municipal de Educação, Adélia Paixão e o bispo diocesano de Paranavaí, dom Mário Spaki, insistiram na gravidade do problema, na necessidade de debater o assunto profundamente e que, trabalhando em rede, é possível mitigar a questão das drogas.
Também houve unanimidade que, além dos dependentes químicos, é preciso atuar também junto à família, que muitas vezes não está preparada e nem sabe como lidar com a situação.