Manejo integrado de doenças garante maior produtividade à mandiocultura

Utilizado com pouca frequência e sem grandes resultados, o manejo integrado de doenças é essencial para conter prejuízos nas lavouras de mandioca. Combina práticas de controle biológico, cultural, físico e químico e garante a sanidade das plantações.
O tema da palestra realizada ontem, durante a Feira Internacional da Mandioca (Fiman), em Paranavaí, levou os participantes a aprenderem técnicas para minimizar os riscos econômicos e ambientais provocados pelas doenças.
Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Saulo Alves Santos de Oliveira pontuou as principais causas e explicou as características dos chamados patógenos.
Segundo o palestrante, é necessário que os produtores invistam no manejo integrado para aumentar a produtividade. Assim, devem seguir alguns passos: conhecer a doença, definir o potencial de danos, determinar os efeitos sobre a lavoura, identificar as ferramentas adequadas de combate e priorizar estratégias simples.
De acordo com o presidente da Fiman, Maurício Gehlen, os eventos técnicos são essenciais para o sucesso da feira. Palestras como a realizada na tarde de ontem ampliam os conhecimentos de todos os envolvidos na cadeia produtiva da mandioca, aprimorando a qualidade. “O setor cresce de maneira contínua e uniforme”.
A Feira Internacional da Mandioca teve início na terça-feira (20) e termina hoje. Nestes três dias, os participantes estão tendo acesso a uma série de atividades: além das palestras, a programação inclui visitas a empresas e propriedades rurais de Paranavaí e região.
Na avaliação de Gehlen, tão importante quanto as atividades técnicas e científicas são as trocas de experiências entre visitantes e expositores. Ele citou o exemplo da mandioca desidratada produzida pela Podium Alimentos, empresa em que é diretor: “Muitas pessoas de outros países não conheciam o produto”.
NEGÓCIOS – De acordo com o presidente da Fiman, a oportunidade de fazer negócios e ampliar a rede de contatos é um dos principais atrativos para produtores e empresários. “Não imaginava que o volume seria tão significativo”, disse Gehlen.
Ele citou o caso de um fabricante de cerveja de Pernambuco que utiliza mandioca como matéria-prima e conseguiu concretizar a venda do produto durante esta edição da Fiman.
Em 2016, quando a feira foi realizada pela primeira vez, o volume de negócios nos três dias chegou aos R$ 50 milhões. A expectativa é que neste ano os expositores dobrem esse valor.
Realizada no parque de exposições de Paranavaí, a segunda edição da Fiman reúne cerca de 150 participantes de 34 países, incluindo expositores de diferentes estados brasileiros. São esperadas aproximadamente 5.000 nos três dias de feira.