Alunos do Cecap contam história da entidade em peças artísticas

A história traduzida em cartas, desenhos, fotografias. Contada pelos alunos em projetos culturais e artísticos. Exaltada pela importância social junto à comunidade. Em murais espalhados pelo Centro de Atendimento à Criança e ao Adolescente de Paranavaí (Cecap), estão registros e interpretações da trajetória de 25 anos de fundação da entidade.
Localizado na Vila Operária, o Cecap oferece atividades para meninas e meninos. Além dos trabalhos desenvolvidos diariamente, existem diferentes oficinas que garantem aos alunos a oportunidade de aprender novas habilidades. O pequeno Alexandro de Oliveira, de sete anos, aproveita o máximo que pode. Faz futebol, capoeira, artes visuais e flauta. E garante: “O Cecap é legal. Tenho muitos amigos”.
Bryan Alexander Domingos, de 12 anos, conta que o Cecap é “felicidade”. Em vez de estarem nas ruas, as crianças e os adolescentes estudam. “É uma esperança para aqueles que sofrem. Aqui, as crianças podem fugir das coisas ruins”. O garoto ressalta que todas as pessoas são acolhidas igualmente, sem preconceitos, e que isso torna o lugar especial.
Ao longo de 25 anos, milhares de crianças passaram pelo Cecap. Josef André de Oliveira foi uma delas. Participava de oficinas e sempre recebeu muitos incentivos dos educadores. Algum tempo depois de deixar a entidade, voltou para liderar a oficina de Artes Visuais. De aluno a professor. “Foi uma grande oportunidade em minha vida. Agora posso fazer o mesmo pelas crianças”.
Ao longo dos últimos meses, a equipe do Cecap tem celebrado as duas décadas e meia de atuação em Paranavaí. Na noite de terça-feira (13), os alunos fizeram apresentações culturais e artísticas contando a história da entidade. Teve teatro, paródia, música e dança.
A quarta-feira (14) foi dedicada à exposição de trabalhos produzidos pelas crianças e pelos adolescentes. Contaram em cartas o que o Cecap representa para cada um. Desenharam equipamentos públicos que fazem parte da comunidade da Vila Operária. Escreveram um livro com relatos de quem passou pela entidade. E construíram maquetes para representar a sede antiga e a atual.
Todos os projetos expostos para a comunidade foram coordenados e orientados pelas educadoras e pelos professores das oficinas.