Dengue, chikungunya e zika preocupam Regional de Saúde

A última semana foi marcada por nove notificações de casos suspeitos de dengue nos municípios do Noroeste do Paraná. Dois tiveram resultados negativos e o restante ainda está sendo analisado em laboratório. Ao longo deste ano, 918 casos de pacientes com sintomas da doença foram registrados na região.
De acordo com o chefe regional de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior, chikungunya e zika também têm gerado preocupação. Há casos das duas doenças em municípios do Paraná, respectivamente, 24 e seis.
Sordi Junior avaliou a gravidade da situação. “A presença do vetor é grande. E a tendência é aumentar”, disse, referindo-se à quantidade do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus que causam dengue, chikungunya e zika.
Além das condições climáticas favoráveis à proliferação do inseto, falta efetividade nas ações do poder público. Na outra ponta do problema aparece o descaso da população quanto aos cuidados para evitar o crescimento do índice de infestação por Aedes aegypti.
Os cuidados são simples e consistem, basicamente, em não deixar água parada em objetos e recipientes: vasos de plantas, bebedouros de animais, pneus e latas, por exemplo. O lixo jogado de maneira irregular em terrenos baldios e fundos de vale contribui para o agravamento da situação.
Segundo o chefe regional de Vigilância em Saúde, é necessário intensificar a limpeza e as ações de fiscalização. “Os municípios precisam contar com equipes de controle de endemias bem estruturadas”. Em alguns lugares, faltam materiais adequados de trabalho. Em outros, a quantidade de agentes é insuficiente.
NÚMEROS – De 1º de janeiro até o dia 4 de outubro, a 14ª Regional de Saúde contabilizou 918 notificações de casos suspeitos de dengue. Desse total, 62 foram confirmados e 815 tiveram resultados negativos nos exames laboratoriais. Outros 41 ainda estão em fase de análise.
O índice de infestação por Aedes aegypti é alto em vários municípios da região. O levantamento concluído em julho mostrou que o percentual é maior do que o limite estabelecido pelo Ministério da Saúde (1%) em 10 cidades.