Preço da gasolina em Paranavaí apresenta pequena variação
O Diário do Noroeste ouviu ontem empresas do setor de combustíveis de Paranavaí. Encontrou preços da gasolina que variam de R$ 4,15 a R$ 4,49 o litro, diferença de 8,19%. Um empresário, que prefere não ser identificado, explica que os preços têm variado constantemente em pequenos percentuais, na casa de três centavos.
O preço máximo encontrado ontem (R$ 4,49) é o mesmo de antes da greve dos caminhoneiros no mês de maio último. Durante a fase aguda da crise de abastecimento, por causa da paralisação dos transportes, o preço do litro chegou a R$ 4,75.
Um dos empresários ouvidos pelo DN explica que as distribuidoras informam mudanças quase todas as semanas, às vezes, para baixo. O problema é que nos últimos dias houve majorações por causa da alta do dólar – ontem a cotação dessa moeda ultrapassou a barreira dos R$ 4,00 no início da tarde.
Quanto ao preço na bomba, a variação também está ligada aos custos operacionais de cada empresa. Tem posto que prefere uma estrutura enxuta e opera em horários limitados.
Outros possuem estruturas maiores e outros serviços e, por consequência, mais funcionários. Neste caso, o custo fixo se torna maior.
O empresário cita que o litro na distribuidora chega a R$ 3,92. Para se viabilizar operacionalmente, propõe margem de lucro bruto de 35 a 40 centavos (sempre dependendo do custo de operação).
A venda total ao mês também influencia na formação do preço. Quanto mais vende, a empresa tem mais condições de operar com margens menores.
A forma de pagamento igualmente interfere na formação do preço. O empresário lembra que as vendas com cartão de crédito geram taxas fixas sobre a gasolina e outros combustíveis, na casa de 3% sobre a venda.
OUTROS – O etanol tem uma realidade de mercado um pouco diferente do petróleo. Isso porque é originário da agricultura, chamada commodity (mercadoria de valor, relevância, internacional).
Por ser período de safra, o etanol tem registrado quedas nos preços nas últimas semanas, após período de estabilidade desde a greve dos caminhoneiros.
O custo tem girado em R$ 2,26 por litro, chegando na bomba na casa de R$ 2,49 (varia de posto para posto). Para quem vai abastecer, é sempre importante avaliar a relação com a gasolina. Atualmente o etanol custa cerca de 60% (ou um pouco mais) em relação ao combustível fóssil.
Com base no consumo de cada combustível, é vantajoso abastecer com etanol quando o valor máximo for de 70% em relação à gasolina.
Por fim, o óleo diesel tem se mantido com preço estável desde a paralisação dos motoristas. Na regra geral, tem variado na casa de R$ 3,29 a R$ 3,35 por litro.
PESQUISA – O Procon de Paranavaí realizou duas pesquisas no mês de maio, sendo a mais recente datada do dia 23 (a primeira aconteceu no dia 17). A pesquisa indicou na época que, em alguns casos, os empresários poderiam ter se aproveitado do momento para aumentar os preços.
Como exemplo o fato de que em um posto o preço da gasolina comum subiu R$ 0,43, equivalentes a 10%, em menos de uma semana.
Antes da greve, o menor preço apurado foi de R$ 4,20 o litro da gasolina. Durante a greve o mesmo litro foi encontrado ao preço mínimo de R$ 4,37. Já o maior preço saltou de R$ 4,49 para R$ 4,75 durante a greve.