A vida de treinador

A vida de treinador de futebol é viver entre o céu e o inferno em questão de dias, ou no caso desse de esporte, de poucas rodadas. E demissão é algo corriqueiro no futebol brasileiro em função da falta de resultados.
O Santos ficou no empate com a Chapecoense, no último domingo, e a diretoria do Peixe chegou a garantir a permanência do técnico Jair Ventura.
Mas bastante pressionado após desempenho ruim da equipe nos dois jogos disputados depois da pausa para a Copa do Mundo, o carioca de 39 anos não é mais técnico do Alvinegro.
Jair deixou o Santos após 39 partidas, o treinador teve 44,4% de aproveitamento, com 14 vitórias, dez empates e 15 derrotas. No Brasileiro, a equipe é 15ª colocada, com 15 pontos, apenas um acima da zona de rebaixamento.
O presidente do Santos, José Carlos Peres, afirmou que a demissão de Jair Ventura, anunciada no início da tarde de ontem, ocorreu para evitar "mais turbulência" no clube. E não nomeou Ricardo Gomes, contratado em 20 de junho para ser executivo de futebol, como interino.
"Chegou um momento de decisão: ou parávamos agora ou enfrentaríamos mais turbulência. O momento era de mudança, decidimos pela não permanência de Jair. Futebol exige resultados, que não eram bons", disse Peres.
O descontentamento com ele era visível, e Peres confirmou que foi impossível prosseguir.
"Tivemos uma retomada já antes da parada para a Copa, sentimos o mau rendimento no Brasileirão, mesmo com a classificação na Libertadores e na Copa do Brasil. O time não engrenou. Chegamos a uma conclusão que era a hora de fazer a modificação. Já pensávamos nessa possibilidade de troca em função do desempenho da equipe. Essa decisão foi minha, preservando o Ricardo, que chegou agora", disse o presidente.