Vigilância avalia resultado do LIRA em reunião do Comitê de Combate à Dengue

A Vigilância em Saúde reuniu ontem (11) o Comitê de Combate à Dengue de Paranavaí para avaliar os resultados obtidos no último LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes). Durante o período de inverno e estiagem, a Vigilância quer trabalhar na conscientização e eliminação de possíveis criadouros de larvas do mosquito da dengue.
Para a diretora da Vigilância em Saúde, Verônica Gardin, a dengue é um assunto que sempre deve ser cobrado, pois a população precisa colaborar com a limpeza dos terrenos e jardins. “Todo esse trabalho só tem resultado se houver a participação e colaboração da população. Temos trabalhado nos bairros mais críticos, mas se as pessoas não se conscientizarem de que a manutenção da limpeza de seus imóveis é responsabilidade de cada um e não pararem de jogar lixo na rua, nos terrenos baldios e fundos de vale, vai ficar sempre mais difícil conter os riscos de uma epidemia”.
Até o momento, a Vigilância notificou 312 casos suspeitos de dengue em Paranavaí neste ano. Destes, 15 foram confirmados (positivos), 269 negativados e 28 ainda aguardam resultado. O último caso positivo na cidade foi registrado no dia 25 de junho, no Jardim Santos Dumont.
O 3º LIRA de 2018 em Paranavaí apontou um índice de 0,9%, ou seja, no limite do permitido pelo Ministério da Saúde (1%). Por mais que o número seja considerado dentro do limite, a Vigilância em Saúde segue preocupada com a proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. No total, foram inspecionados 2.157 imóveis.
“Quase não choveu nesses meses, por isso o resultado foi baixo. Mesmo assim, durante esse período de estiagem, o mosquito continua depositando os ovos e, com a chuva, eles se reproduzem e os índices voltam a crescer”, explicou o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
Dois setores da cidade apresentaram maior índice de infestação do mosquito: Vila Operária e Jardim Simone com 1,5%; e Ouro Branco com 1,1%. “Precisamos continuar com o mesmo ritmo de trabalho e não permitir que nossa cidade viva uma nova epidemia. Nos locais em que foi encontrado o maior número de focos, equipes da Vigilância em Saúde já estão trabalhando para eliminar o máximo de focos possível”, disse Randal.

Entre os locais onde foram encontrados criadouros de larvas do Aedes, o maior percentual (31%) está nos recipientes que acumulam água em nível de solo, como baldes e barris que os moradores usam para captar águas das chuvas. Em seguida, empatados com 26%, vêm os recipientes e lixo nos quintais das casas, como vasos, bebedouros de animais, calhas, vasos sanitários abertos, brinquedos, e o lixo (garrafas, plásticos, latas e entulhos de construção).