Raiva humana tem o segundo maior número de notificações no Paraná

A raiva humana é uma doença grave com letalidade próxima de 100%. Com mais de 46 mil notificações em todo o Paraná, é a doença com segundo maior número de registros de atendimentos, atrás apenas da dengue.
As informações são da enfermeira Tatiane Cristina Brites Dombroski, da Divisão de Vigilância em Zoonoses e Intoxicações, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ela esteve em Paranavaí para uma reunião técnica com profissionais de municípios de toda a região.
O encontro teve como principal objetivo atualizar as equipes de saúde sobre o protocolo de prevenção da raiva humana transmitida por outros animais. A intenção é garantir a otimização de doses da vacina antirrábica, promover o tratamento adequado e estimular ações efetivas de cuidados.
A transmissão pode se dar a partir da mordida de diferentes animais. No âmbito doméstico, cães e gatos. Na área silvestre, raposas, guaxinins. Herbívoros também oferecem riscos, por exemplo, equinos e bovinos. Mas a maior preocupação é com os morcegos.
De acordo com a enfermeira da Sesa, a atenção em relação à raiva humana tem aumentado, depois das confirmações de mortes provocadas pela doença em diferentes estados brasileiros. O Pará, por exemplo, enfrenta um surto, com 12 óbitos.
O chefe da 14ª Regional de Saúde de Paranavaí, Nivaldo Aparecido Mazzin, destacou a importância da reunião técnica de ontem e alertou os profissionais presentes sobre a necessidade de repassarem os conhecimentos adquiridos. “Todos temos responsabilidades”.
Mazzin também falou sobre as vantagens das ações preventivas, no sentido de reduzir os custos com tratamentos de saúde e os danos sociais causados pela doença.