Campanha de vacinação contra a gripe termina sexta

O Paraná registrou 16 mortes só este ano por causa da gripe. Apesar disso, alguns grupos considerados como prioritários dentro da campanha de vacinação ainda não atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS). A maior taxa de abstenção é entre as crianças.
Nos municípios da região Noroeste, o percentual de imunização das crianças de seis meses a quatro anos de idade é 88,20%. Significa que quase 2.000 pessoas dessa faixa etária ainda não receberam a dose da vacina. O número de gestantes e profissionais da educação também está abaixo do esperado.
Para tentar reverter essa situação, a orientação é que as equipes da Estratégia Saúde da Família façam a chamada busca-ativa, ou seja, que encontrem os pacientes incluídos nos grupos prioritários e informem sobre a importância da imunização.
De acordo com a chefe regional de Vigilância Epidemiológica, Samira Silva, a tendência de temperaturas mais baixas com a chegada do inverno, no dia 21 de junho, torna o período mais propício para a circulação viral. Por isso, disse ela, é importante que as pessoas recebam a vacina.
Samira explicou que os efeitos da dose sobre o organismo demoram de 10 a 15 dias para aparecer. A proteção da vacina é maior nos seis primeiros meses e vai diminuindo aos poucos a partir disso. Mas entre setembro e outubro, a circulação dos vírus causadores de gripe também diminui.
GRUPOS PRIORITÁRIOS – Além das crianças, das gestantes e dos professores, estão incluídos nos grupos prioritários: mulheres que deram à luz há até 45 dias (puérperas), trabalhadores em saúde, idosos e pessoas privadas de liberdade. Pacientes com doenças crônicas também podem ser vacinados.
Segundo Samira, apesar da limitação do público escolhido para receber imunização, o benefício é coletivo, já que a possibilidade de transmissão dos vírus fica reduzida.
COBERTURA VACINAL – Até a tarde de ontem, pouco mais de 93% das pessoas consideradas como prioritárias para esta campanha de vacinação tinha sido imunizada. Ao mesmo tempo em que a meta foi alcançada no quadro geral da região, ainda há grupos abaixo dos 90% definidos como meta pelo MS.
Entre os trabalhadores de saúde, o índice de vacinação é 99,72%. No grupo das gestantes, 85,64%. As puérperas ultrapassaram o número previsto e somam 113,88% de pessoas imunizadas. Os idosos totalizam 95,62%. E os professores, 86,67%.