Infestação de formigas cortadeiras preocupa
A infestação por formigas cortadeiras está atingindo índices preocupantes em Paranavaí e região Noroeste. Os formigueiros causam grandes prejuízos especialmente na zona rural, mas também afetam a área urbana. Campanha estadual de conscientização é a alternativa para manter o controle.
O gerente regional da Emater, Antônio Souza dos Santos, propõe a integração das entidades e lideranças para o desenvolvimento de um trabalho de conscientização, visando barrar o aumento do número de formigueiros.
Ele ressalta que a ação deve ser imediata, já que entre a segunda quinzena de setembro e o mês de outubro, ocorre a revoada, quando são formados novos formigueiros. É um período crítico, avalia. Barrar essa reprodução de formigueiros é fundamental para impedir o avanço, analisa Souza.
Por ser um problema das cidades e do campo, Souza entende que a ação também tem que envolver os moradores da área urbana e produtores rurais, além de técnicos, escolas (conscientização) e acompanhamento do Ministério Público, já que o combate é uma obrigação do proprietário.
Na cidade os cuidados devem ser ainda mais intensos, já que é proibido o uso de veneno, aplicado normalmente no campo dentro das normas de segurança previstas.
Por exigir esforço integrado, o gerente reforça que está levando a questão para a Secretaria de Agricultura, visando um trabalho conjunto por todo o Paraná.
As chamadas cortadeiras danificam a pastagem, mas deixam prejuízos ainda maiores na citricultura e outras frutas, além de áreas de reflorestamento. No caso da região, a cultura da mandioca também é vulnerável, caso não haja controle. O problema é que a formiga ataca as folhas, comprometendo o desenvolvimento do fruto ou das árvores.
Levantamentos recentes mostram que cerca de 90% da área regional de campo tem a presença de formigas. Em outros tempos, de efetivo combate entre 1992 a 1995, a infestação caiu para algo em torno de 20%, como atestou recentemente o engenheiro agrônomo Alberto Carlos Moris.