Caminhoneiros prometem continuar paralisação por tempo indeterminado
Caminhoneiros continuam com pontos de bloqueio por rodovias de todo o país. A categoria não aceita a proposta de redução no valor do óleo diesel anunciada pelo presidente Michel Temer e pede o fim da carga tributária sobre o preço do combustível.
O protesto dos motoristas de caminhão não tem prazo para terminar. “Estamos dispostos a ficar até que apareça a solução verdadeira”, disse Reric Batista. Segundo o caminhoneiro, a manifestação é em favor de toda a sociedade. “Ou tomam uma postura por um Brasil decente, ou continuamos aqui”.
A paralisação teve início na segunda-feira da semana passada. Desde então, caminhões com cargas estão sendo parados e impedidos de seguir viagem. As exceções ficam por conta de cargas vivas, medicamentos, oxigênio e outros itens cuja falta possa interferir em áreas como saúde e segurança pública.
Na tarde de ontem, três ônibus de turismo tentaram burlar o bloqueio dos caminhoneiros perto do trevo de acesso a Paranavaí, na BR-376. Os veículos continham diferentes tipos de carga, mas foram parados pelos manifestantes. Não puderam continuar o trajeto.
De acordo com Batista, entre 250 e 300 pessoas estavam no ponto de bloqueio até a tarde de ontem. Graças às doações feitas por empresários e por moradores de Paranavaí, os caminhoneiros têm feito quatro refeições diárias. O que não consomem é levado para instituições assistenciais da cidade.
DESABASTECIMENTO – A paralisação dos caminhoneiros provocou desabastecimento em diferentes empresas de Paranavaí. Muitos postos de combustíveis estão com as bombas fechadas por causa da falta de gasolina, etanol e óleo diesel.
A situação é semelhante nas revendedoras de gás liquefeito de petróleo (GLP). Com pátios vazios, não tem sido possível atender os pedidos feitos pelos clientes. Alguns mercados também já estão com mercadorias em falta.